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Em viagem pelo Nordeste, Lula promete regulação dos meios de comunicação se voltar à Presidência

Segundo Lula, a medida possibilitará a valorização dos pequenos veículos de imprensa do Brasil, tornando a informação mais plural e competitiva

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Marcelo Aprígio

Publicado em 27/08/2021 às 8:01 | Atualizado em 27/08/2021 às 8:13
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O ex-presidente Lula (PT) afirmou que realizará a regulação dos meios de comunicação do Brasil, se voltar à Presidência da República. A declaração foi dada na última quarta-feira (25), durante a visita do petista ao Rio Grande do Norte. Segundo Lula, a medida possibilitará a valorização dos pequenos veículos de imprensa do Brasil, tornando a informação mais plural e competitiva.

“Nós vamos definitivamente regular a comunicação nesse país porque vai ser bom para o país, para a economia e vai ser muito melhor e mais saudável para a democracia”, disse Lula. “Você não pode ficar gastando dinheiro apenas na cultura, imprensa no eixo Rio-São Paulo. É preciso fazer ela [informação] se espalhar por esse Nordeste.”

O petista declarou também que seu ex-secretário de Comunicação Franklin Martins deixou tudo encaminhado para a gestão de Dilma Rousseff (PT), sua sucessora, pudesse prosseguir com o tema no Congresso Nacional, mas que não sabe por que isso não foi feito. “Não vou discutir por que não deram entrada”. Em seguida, ele reforçou o plano caso volte ao Planalto. “Se a gente voltar a governar esse país, a gente vai fazer, sim, a regulamentação dos meios de comunicação”, enfatizou.

Críticas a ‘setores da imprensa’

Nessa quinta (26), o líder-mor do PT voltou a defender a regulação dos meios de comunicação em entrevista a uma rádio da Bahia. À emissora baiana, o ex-presidente disse que já observa setores da imprensa que não querem que ele seja candidato e apontou essa intenção como motivo das críticas.

“Estou conversando com muita gente, leio muita coisa, estou ouvindo muito desaforo. Tem setores da imprensa que não querem que eu seja candidato. Porque se eu voltar, vou regular os meios de comunicação deste país”, prometeu ele, explicando que a proposta inclui até a internet, mas que isso não se trataria de censura. ““Eu sou contra a censura porque sou vítima da censura”, declarou.

A Lei de Imprensa é de 1967 e o Código Brasileiro de Telecomunicações, de 1962. Na entrevista, porém, apesar de citar nominalmente 1962, Lula não deixou claro a que legislação ele estava se referindo. “A regulamentação dos meios de comunicação é do tempo que a gente conversava por carta. É de 1962. Olha a revolução que houve nas comunicações”, argumentou o ex-presidente, segundo quem o PT já tem uma proposta estruturada para o tema.

Lula negou ainda ter a intenção de controlar conteúdos e afastou qualquer comparação aos modelos de comunicação adotados em regimes comunistas como Cuba e China. “Ninguém quer controlar nada. Eu não quero controlar. Não quero um modelo de comunicação tipo Cuba ou China. Eu quero tipo Inglaterra. Lá tem democracia? Tem. Então, é o de lá que eu quero”, apontou.

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