Humberto Costa admite aliança com PDT em Pernambuco mesmo com apoio a Ciro
Começou a ganhar força recentemente a proposta do palanque liderado pelo PSB apoiar nas eleições dois candidatos diferentes à Presidência da República: o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT)
A entrada do PDT no circuito das eleições de 2022 em Pernambuco com a possibilidade de compor a chapa majoritária da Frente Popular é bem recebida pelo senador Humberto Costa (PT), um dos principais líderes do PT no estado, sigla que também já reivindicou um espaço na majoritária.
Começou a ganhar força recentemente a proposta do palanque liderado pelo PSB apoiar nas eleições dois candidatos diferentes à Presidência da República: O ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT).
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Isso foi levantado pelo deputado federal e presidente do PDT-PE, Wolney Queiroz, que admitiu a permanência na Frente Popular mesmo que o PSB apoie formalmente o nome de Lula.
Humberto Costa reconheceu a preocupação do PDT com o cenário nacional, que julgou correta. "Hoje com a nova legislação não é tão fácil para você manter as bancadas, ampliá-las e e acho que a gente tem que esperar um pouquinho mais para ver qual é o desenho. Aqui em Pernambuco eu não vejo dificuldade de estar todo mundo junto, inclusive o PDT também", disse o senador ao JC no primeiro dia da Fenearte, nesta sexta-feira (10).
Humberto e Wolney iriam conversar sobre o assunto nesta semana, mas não conseguiram por dificuldade de agenda. Segundo o petista, a ideia é que o encontro ocorra na semana que vem.
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Palanque duplo
Apesar de defender que o ideal seria um palanque unificado em Pernambuco, Humberto pondera que nos estados há questões específicas que devem ser consideradas. "No caso do rio de Janeiro, por exemplo, mais de um candidato quer apoiar Lula. Nós vamos fechar as portas para isso? Da mesma forma, em outros estados pode ser que o mesmo palanque estadual tenha mais de um candidato a presidente. Cada caso vai ser discutido", disse.
Já as conversas entre o PT e o PSB, segundo Humberto, vão ser definidas primeiramente a nível nacional, para depois se afunilarem para Pernambuco. Mesmo mecanismo ocorreu em 2018 quando o PSB adotou neutralidade na eleição presidencial e, entre outros arranjos, o PT abriu mão de candidatura própria em Pernambuco.
Humberto já afirmou que caso não haja acordo nacional, pode disputar o governo de Pernambuco em outra chapa, dando portanto palanque para Lula no estado. "Acho que as coisas estão avançando bem, as conversas que a nossa presidente tem tido com o presidente do PSB, conversas entre os parlamentares, as conversas do presidente Lula com o governador Paulo Câmara, que eu acho que estão marchando bem para o debate nacional", disse o petista.