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Lula recebe o pré-candidato a governador de Pernambuco Danilo Cabral para debater sobre vaga do Senado

O encontro é o primeiro a ser realizado após o lançamento da candidatura do deputado federal ao Governo do Estado e confirmação de que o PSB apoiará o PT nacionalmente

Mirella Araújo
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Mirella Araújo
Publicado em 09/03/2022 às 18:45
DAY SANTOS/JC IMAGEM
CANDIDATURA Paulo e Danilo ainda aguardam pelo PT para bater o martelo nas vagas de vice e senador - FOTO: DAY SANTOS/JC IMAGEM
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O pré-candidato a governador Danilo Cabral (PSB) se reunirá pela primeira vez após a oficialização da sua candidatura no Estado, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acompanhado do governador Paulo Câmara (PSB). O encontro ocorre nesta quinta-feira (10), em São Paulo, no dia seguinte à reunião do Diretório Estadual do PT para discutir a indicação de um candidato para vaga do Senado Federal.

Enquanto os dirigentes partidários da Frente Popular também reivindicam a legitimidade de serem um dos escolhidos para a única vaga de senador de Pernambuco, e têm pressa na formação da chapa para também definirem seus cenários, o PSB já andava em compasso de espera por uma definição do PT.

Nesta segunda-feira (7), o presidente do PT de Pernambuco, o deputado estadual Doriel Barros, afirmou que as conversas vão continuar até o dia 20 de março, data que está sendo trabalhada para apresentar um quadro do partido. Entre os nomes que estão sendo avaliados pelos petistas estão os deputados federais Marília Arraes, Carlos Veras, a deputada estadual Teresa Leitão e o ex-prefeito de Petrolina Odacy Amorim.

O PSB, até agora, não vetou nenhum dos nomes colocados. Entretanto, sabe-se que por mais que Marília pontue bem internamente na pesquisa realizada pelo PT, as rusgas trazidas das eleições municipais de 2020, e a postura crítica com relação ao PSB, são grande impeditivos para que se bata o martelo em prol do seu nome.

Federação

PSB e PT não conseguiram chegar a acordo sobre os palanques estaduais, condição dos socialistas para aderirem a federação. O maior exemplo é São Paulo, onde o PSB deve lançar o ex-governador Márcio França e o PT vai ter como candidato o ex-prefeito da Capital Fernando Haddad.

Além disso, a federação é ruim para prefeitos, como João, já que a união entre os partidos seria obrigatória por quatro anos e, necessariamente, ele teria que se entender com os petistas para tentar a reeleição em 2024. À Folha, o recifense disse que não gostaria de ver uma eleição polarizada. "Mas chega uma hora em que você se dá por derrotado. Haverá Lula e Bolsonaro. E, no nosso caso, vamos ficar com o Lula", afirmou.

TABATA

A decisão sobre a federação ocorreu um dia depois falas críticas da deputada federal Tabata Amaral (PSB) ao PT e a federação partidária entre as agremiações . Ao lado do prefeito do Recife, João Campos, seu namorado, a parlamentar disse em um jantar com empresários em São Paulo, nessa terça-feira (8), que a ala paulista do partido é contrária ao acordo com o partido de Lula, segundo informações da colunista Mônica Bérgamo, da Folha de S. Paulo. 

"O Brasil comporta e precisa de uma esquerda mais moderna, que não olhe para a União Soviética ou para a Venezuela, mas para Portugal ou Espanha, ou ainda para o partido democrata, nos Estados Unidos", opinou a parlamentar. Ainda segundo Tabata, se é para apoiar a candidatura do ex-presidente Lula, que ao menos a chapa tenha o recém filiado ao PSB, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, como vice. 


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