“Nós temos tempo”. É a afirmação que se ouve por parte do PSB sobre a montagem da chapa majoritária para as eleições de outubro. Com o PT reivindicando a vaga para o Senado, o partido do pré-candidato a governador, o deputado federal Danilo Cabral, entrou em compasso de espera pelas definições que possam acomodar os petistas e os aliados da Frente Popular de Pernambuco.
A apresentação dos candidatos a vice e a senador poderá ultrapassar o prazo esperado para até o dia 15 de março. “Nós temos até o dia 2 de abril para fazer essa construção efetiva e todos os fatores serão levados em consideração. A equação de fortalecimento da chapa majoritária vai levar em consideração as questões locais e os aspectos políticos”, afirmou o líder do Governo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Isaltino Nascimento (PSB), que esteve reunido com Danilo Cabral nesta quinta-feira (3).
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O parlamentar declarou que o encontro foi muito positivo e que Danilo tem respaldo dentro do partido para disputar as eleições. Eles conversaram sobre a conjuntura local e as estratégias que possam envolver setores dos movimentos sociais.
Já sobre “os fatores que serão analisados”, estão incluídos os arranjos políticos que o PT está buscando para fortalecer o palanque do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que envolvem o PSD de Gilberto Kassab. Para o PSB, não há vetos sobre os nomes que estão em discussão dentro do Partido dos Trabalhadores - as deputadas Marília Arraes (federal), Teresa Leitão (estadual), o deputado federal Carlos Veras e o ex-prefeito de Petrolina, Odacy Amorim - mas o nome do deputado federal André de Paula é colocado como o quadro mais incorporado para contemplar o campo de centro.
O pessedista esteve reunido com o governador Paulo Câmara (PSB), nesta quinta-feira, no Palácio do Campo das Princesas. Ele afirmou ao JC que se tratou de uma agenda administrativa, sem ligação com o cenário eleitoral. O interesse do PSD em ter a vaga do Senado em Pernambuco, também é visto por alguns socialistas, como uma forma de trazer oxigenação ao palanque do presidente Lula.
“Existe uma posição colocada pelo presidente Lula com base em uma estratégia nacional. A retirada da pré-candidatura do senador Humberto Costa não é um gesto singelo. Então estamos aguardando o debate. Acredito que as duas vagas na chapa vão ter equilíbrio dentro do que for o melhor entendimento”, afirmou um socialista, em reserva.
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