A eventual candidatura da deputada federal Marília Arraes, que está prestes a sair do PT para embarcar no Solidariedade, é vista pelos integrantes da Oposição como um fator positivo. Com o palanque representando o presidente Jair Bolsonaro (PL), em Pernambuco, praticamente montado, bolsonaristas acreditam que a candidatura da parlamentar vai trazer dificuldades para o pré-candidato do PSB, o deputado federal Danilo Cabral, sem deixar dúvidas de que a disputa vai para o segundo turno.
Para o presidente estadual do PTB, Coronel Meira, que também participou da visita de Jair Bolsonaro ao Estado, nesta quarta-feira (23), é necessário reconhecer o grau de dificuldade do cenário eleitoral do Nordeste, levando em consideração a nacionalização do debate. “Vai ser Bolsonaro contra os comunistas”, declarou.
“Agora Marília Arraes entrou, um fato novo e bom, é uma boa parlamentar, vai discutir a parte dela, o que faz com que passemos a acreditar numa derrota do Governo do Estado. Ela não vai tirar um voto bolsonarista, vai tirar do lado de lá.”, analisou o Coronel.
O deputado estadual Alberto Feitosa, que deixou o PSC para também se filiar ao PL, acredita que com o apoio que o pré-candidato a governador, o prefeito Anderson Ferreira (PL), está recebendo de Bolsonaro, não vai restar dúvidas de que ele estará no segundo turno.
“Quem vai para o segundo turno com Anderson, com a movimentação de Marília e rejeição que Danilo tem e a briga com Raquel, vão disputar uma das vagas, mas como a campanha sobretudo no primeiro turno será extremamente polarizada e só vai estar um candidato com o presidente”, declarou. Feitosa também informou que o ministro do Turismo Gilson Machado deverá se filiar ao PL no dia 28 de março, por onde irá disputar uma vaga no Senado.
Para o líder da Oposição na Câmara de Vereadores do Recife, o vereador Renato Antunes (PSC), ao longo da disputa é necessário haver um comum acordo dentro do bloco para “retirar PT e PSB do comando do Estado”.
“A oposição vai apresentar amplas candidaturas e o objetivo é levar a eleição para o segundo turno. A gente sabe que a rejeição de Paulo Câmara, deste governo que está há 16 anos comandando Pernambuco, é grande. E a intenção é essa, reunir esforços da oposição, mesmo que seja múltiplas candidaturas, há um acordo comum de estarmos no segundo turno e retirar PT e PSB que comanda o Estado”, afirmou Antunes.
“Acho que o povo de Pernambuco tem que estar atento que a eleição é estadual. É claro que existe uma nacionalização do debate, influência de Lula e Bolsonaro vai ter seu peso, mas o que precisamos discutir é o desenvolvimento de Pernambuco que está ficando para trás dos demais estados do Nordeste”, avaliou o vereador oposicionista.
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