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Telegram suspende grupo bolsonarista e muda regras da plataforma; entenda

Aliados de Bolsonaro criticaram a suspensão do grupo

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Cadastrado por

Cássio Oliveira

Publicado em 12/05/2022 às 11:46 | Atualizado em 12/05/2022 às 11:47
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Um dos grupos de bolsonaristas no Telegram, o B38, foi temporariamente suspenso do aplicativo nesta semana.

O Telegram alterou nessa quarta-feira (11) suas regras de uso, prevendo que passará a proibir atividades ilegais.

"É censura que chama? O mais curioso é que não disseram qual seria o 'conteúdo ilegal'", reclamou o deputado federal Filipe Barros (PL), aliado do presidente Jair Bolsonaro.

Usuários que tentavam ingressar ou visualizar as mensagens do grupo, que é público, encontravam o aviso de que a empresa deu tempo aos moderadores para removerem mensagens após alguns usuários terem postado "conteúdo ilegal".

Aliado de Bolsonaro na Paraíba, o pré-candidato a deputado Gilberto Silva também reclamou de "censura". "A perseguição é implacável", escreveu ele no Twitter.

Telegram

As alterações no Telegram, conhecido por ter pouca moderação, ocorrem após a plataforma ter entrado na mira do Judiciário brasileiro, especialmente devido ao risco de disseminação de notícias falsas que possam afetar as eleições deste ano.

O grupo suspenso do Telegram passava de 60 mil usuários e, segundo a Folha de São Paulo, havia sido criado por militares da reserva no Recife para apoiar a campanha de Bolsonaro em 2018.

Entre os itens vetados agora está "abusar da plataforma pública do Telegram para participar de atividades reconhecidas como ilegais pela maioria dos países –como terrorismo e abuso infantil".

Até então, os termos de serviço do Telegram previam três casos em que o aplicativo não pode ser utilizado "para enviar spam ou praticar golpes em nossos usuários"; "promover a violência em canais públicos do Telegram, bots, etc." e "postar conteúdo pornográfico ilegal em canais públicos, bots, etc", parte deles também sofreu pequenas alterações de redação.

Justiça

Em março, a plataforma assumiu compromissos com o Supremo Tribunal Federal (STF), envolvendo moderação e combate à desinformação, mas até então não parecia ter atualizado suas regras públicas.

Em março, o Telegram também aderiu ao programa de enfrentamento à desinformação nas eleições do Tribunal Superior Eleitoral(TSE). Até então a empresa vinha ignorando as tentativas de contato da Justiça Eleitoral.

Apesar de o Telegram ter aderido ao programa, o TSE informou que ainda não foi assinado o memorando de entendimento, que especifica exatamente os compromissos assumidos por cada uma das partes no contexto da iniciativa.

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