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Bolsonaro diz que há 'cabeça de burro' em países que elegem presidentes da esquerda

Bolsonaro fez críticas indiretas a três países da América Latina

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Cássio Oliveira

Publicado em 14/06/2022 às 13:13
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Com informações do Estadão Conteúdo

O presidente Jair Bolsonaro (PL)  disse, nesta terça-feira (14), que países da América Latina que votam na esquerda têm "cabeça de burro".

Bolsonaro não citou os países nominalmente, mas se referia a Chile, Argentina e Venezuela. No Brasil, o líder nas pesquisas de intenção de voto na disputa pelo Palácio do Planalto, o ex-presidente Lula (PT), é identificado como um pré-candidato de esquerda.

"Seria muito bom para nós que esses três países, com mais oito que fazem divisa conosco, fossem prósperos. Mas tem aqui na América do Sul parece uma cabeça de burro, que força a gente para o lado esquerdo", declarou o presidente em participação no Brasil Investment Forum 2022, organizado pela ApexBrasil, em São Paulo. O Brasil faz fronteira com dez países da América do Sul, contabilizando a Guiana Francesa, e não 11.

A expressão "Cabeça de Burro Enterrada" é comum em diversas regiões do País e é usada para tratar de mau agouro, atraso de vida.

Bolsonaro faz críticas a outros países da América Latina

Antes de citar a "cabeça de burro", Bolsonaro fez críticas indiretas ao Chile e à Venezuela. "Não vou citar o nome do país. Aqui na América do Sul, temos mais a oeste um país. Não basta você ter 30 anos de crescimento médio acima de 5%, quando a política lá na frente redireciona esse crescimento", afirmou sobre o Chile, que elegeu o esquerdista Gabriel Boric em dezembro.

"Não basta no norte, lá em cima, o país com a maior reserva de petróleo do mundo, a população fugir para um paraíso que para eles é o Estado de Roraima. É a política interferindo pelo lado negativo", acrescentou, sobre a Venezuela.

Para criticar indiretamente a Argentina, Bolsonaro recorreu ao futebol. "Aqui, mais ao sul, um país rivaliza conosco, em especial no futebol, e a gente vê as dificuldades que o país está passando", declarou no evento.

Crítico - mesmo sem apresentar provas - do sistema eleitoral brasileiro, o presidente ainda criticou a Venezuela por usar urnas eletrônicas. "Aqui, mais à esquerda em referência ao Chile, o voto foi em papel. Todos são escravos das suas decisões Mas lá ao norte é um voto eletrônico, fica a interrogação."

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