AUXÍLIO BRASIL

Bolsonaro diz ser possível manter valor do Auxílio Brasil de R$ 600 em 2023

O presidente também afirmou que não existe corrupção "orgânica" em seu governo

Mirella Araújo
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Mirella Araújo
Publicado em 23/07/2022 às 18:07 | Atualizado em 23/07/2022 às 18:12
ISAC NÓBREGA/PR
O governo de Bolsonaro decidiu aumentar o benefício para R$ 600 a poucos meses das eleições - FOTO: ISAC NÓBREGA/PR
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Do Estadão Conteúdo
Ao participar de um evento religioso na cidade de Vitória, no Espírito Santo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) indicou que seria possível manter o valor do Auxílio Brasil, em R$ 600 por mês, no próximo ano. A declaração foi dada na manhã deste sábado, onde o Executivo também participou de uma motociata com apoiadores. 
"Botamos um ponto final no Bolsa Família, que pagava em média R$ 190 e hoje paga R$ 600. Conseguimos isso dentro da responsabilidade fiscal, entre outras coisas, não roubando. Temos como manter esse valor para o ano que vem também", disse.
O programa Auxílio Brasil foi criado para substituir o Bolsa Família, com um valor de R$ 400 por mês. O governo, no entanto, decidiu aumentar o benefício para R$ 600 a poucos meses das eleições. Mas a ampliação, até então, tinha prazo de validade até 31 de dezembro.
A medida estava prevista em uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que autoriza um estado de emergência no País e, na prática, permite driblar regras fiscais para turbinar benefícios sociais e auxílios sociais.
A PEC, articulada pelo Palácio do Planalto e sua base governista no Congresso, além de aumentar o valor do Auxílio Brasil, também viabiliza o pagamento da bolsa-caminhoneiro, bolsa-taxista e vale gás. O valor total de aumento de despesas é calculado em R$ 41,25 bilhões aos cofres públicos. A oposição tem acusado Bolsonaro de fazer uso eleitoreiro dessas medidas. 

STF

A viagem de Bolsonaro ao Espírito Santo e a participação no evento acontece um dia antes da convenção do PL, para oficializar a candidatura à Presidência. A um público religioso, Bolsonaro afirmou que, caso reeleito ao cargo, não indicará um ministro "abortista" para as vagas que serão abertas no Supremo Tribunal Federal (STF). "Nenhum abortista, da minha parte, será colocado no Supremo Tribunal Federal."
O presidente também afirmou que não existe corrupção "orgânica" em seu governo. "No nosso governo, se houver corrupção, a gente ajuda a investigar e mandar para Justiça possíveis culpados. Não existe corrupção orgânica em nosso governo. Acertos com quem quer que seja para roubar o Brasil em troca de alguma coisa. É uma política completamente diferente."
Mais tarde, em discurso feito em um carro de som, Bolsonaro também disse que reza para que o povo brasileiro "não experimente as dores do comunismo". Sem mencionar outros candidatos, o presidente indicou que o "outro lado" quer o aborto, aprovar a ideologia de gênero e liberar drogas no País. "Vocês têm conhecimento suficiente para saber que é uma luta do bem contra o mal", disse.
 

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