Eleições 2022 - Desafios

Matéria do JC estimula rede de solidariedade para ajudar Dona Cristina, moradora do Bode que abriga 16 netos

Instagram do JC teve mais de 32 mil curtidas e 3 mil comentários de pessoas interessadas em ajudar Dona Cristina. Desafio, agora, é conseguir uma solução mais estruturada para a família

JC
Cadastrado por
JC
Publicado em 22/08/2022 às 18:30 | Atualizado em 22/08/2022 às 18:49
Sidney Lucena/JC Imagem
Dona Cristina está mais tranquila, com os armários cheios de comida e tendo o que cozinhar para a família - FOTO: Sidney Lucena/JC Imagem
Leitura:

Dona Cristina nem imaginava que dormiria na sexta-feira (19) com os armários vazios e acordaria com fartura em casa no dia seguinte. A matéria Arroz puro é o que sobra para matar a fome de 20 pessoas de uma mesma casa no Beco do Galego publicada pelo Jornal do Commercio na noite da sexta sensibilizou as pessoas e, rapidamente, estimulou a criação de uma rede de solidariedade em torno da história da família. 

A matéria sobre a dificuldade que Maria Cristina dos Santos vem enfrerntando para garantir acolhimento e alimentos aos 16 netos que moram com ele na comunidade do Bode, no Pina, faz parte da série Eleições 2022 - Desafios. Os textos começaram a ser publicados na sexta-feira e seguem até o dia 28.

A história da avó foi contatada dentro do tema Fome, pobreza, desigualdade e desemprego, assinada pela repórter Adriana Guarda

Sidney Lucena/JC Imagem
Dona Cristina se queixava que muitas vezes só tinha arroz puro para comer. Agora essa realidade mudou - Sidney Lucena/JC Imagem

Só no Instagram @jc_pe, a matéria teve mais de 32 mil curtidas, além de um número superior a 3 mil comentários. Muitos lamentando a situação da avó e se dispondo a ajudar.

Para evitar expor a família e diminuir o risco de golpes, o JC optou por não publicar os telefones nem o PIX de Dona Cristina nas redes sociais.

Os pedidos de contato foram direcionados ao e-mail da repórter que escreveu a matéria. 

Dona Cristina ganhou um fogão novo de quatro bocas, dois colchões e vários quilos de alimentos.

"Estou muito emocionada. Graça a ajuda de muita gente que viu a matéria agora nossos armários estão cheios de comida. Também ganhamos os colchões, que vão evitar que as crianças durmam no chão, reclamando que é duro e que ficam com dor nas costas", diz. 

Sidney Lucena/JC Imagem
Doações começaram a chegar e Dona Critsina recebeu os primeiros colchões para as crianças não dormirem mais no chão - Sidney Lucena/JC Imagem

A avó dos 16 netos conta que não imaginava que tanta gente aparecesse para ajudar. Foram muitas as pessoas, empresas e instituições que se prontificaram a contribuir e tirar a família da situação de vulnerabilidade imediata em que a família se encontrava, sem ter o que comer.

De pessoa física, passando por empresas, escritórios de advocacia, instituto de advocacia, ONGs e jogadores de futebol, até pernambucanos e brasileiros morando fora do Brasil, todos quiseram contribuir. 

A TV Jornal esteve na casa de Dona Cristina no domingo (21) para mostrar como a família estava percebendo a rede de solidariedade que se formou em torno dela e sua família. A casa já estava diferente, com toalha nova forrada sobre a mesa, armários cheios de embalagens de comida e colchões novinhos ainda no plástico.

Sidney Lucena/JC Imagem
Dona Cristina ganhou um fogão novo, de quatro bocas. Além da falta de comida, estrutura da casa é precária - Sidney Lucena/JC Imagem

O Instituto JCPM de Compromisso Social, com atuação nos bairros do Pina e de Brasília Teimosa, também fez suas doações e está avaliando que ações mais estruturadas poderá adotar. 

Sidney Lucena/JC Imagem
Dona Cristina posa com os netos na sala de casa. A dormida terá colchão - Sidney Lucena/JC Imagem

Essa, agora, precisa ser a preocupação: encontrar soluções estruturadoras para que a família de Dona Cristina possa ter renda e garantir a segurança alimentar das crianças, jovens e adultos. Isso se consegue com emprego, qualificação profissional para os jovens e vagas em creches para que as mães das crianças menores possam ter uma atividade. 

Os alimentos uma hora acabam e é preciso garantir segurança alimentar à família.    

 

Comentários

Últimas notícias