O 28º Grito dos Excluídos será realizado nesta quarta-feira (7), a partir das 8h com concentração no Parque Treze de Maio, no bairro da Boa Vista, região central do Recife. O evento reúne vários movimentos sociais e também é prestigiado tradicionalmente por políticos e lideranças do campo da esquerda.
O tema deste ano é "Brasil: 200 anos de (In)dependência. Para quem?", e foi escolhido pela Confederação Nacional dos Bispos no Brasil (CNBB), para questionar as comemorações do bicentenário da Independência do Brasil.
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A candidata a governadora de Pernambuco, a deputada federal Marília Arraes (Solidariedade), confirmou em sua agenda de campanha que irá participar da manifestação, que tem programado em seu percurso, passar pela Rua do Hospício, seguindo para a Avenida Conde da Boa Vista, depois Ponte Duarte Coelho, Avenida Guararapes, com culminância marcada na Praça da Independência.
Segundo a agenda da parlamentar, a participação se dará de 9h às 11h. Já a agenda de campanha do candidato a governador pelo PSB, o deputado federal Danilo Cabral, não consta a participação no Grito dos Excluídos.
Para este dia 7 de setembro, ele estará às 10h, no Complexo Santos Dumont, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. No entanto, informações extraoficiais indicam que ele poderá comparecer ao ato, antes do compromisso marcado ou após a visita.
ENCONTRO ENTRE ADVERSÁRIOS
De qualquer forma, o possível encontro entre adversários na corrida pelo Palácio do Campo das Princesas, deverá ocorrer, mas tendo a candidata ao Senado, a deputada estadual Teresa Leitão (PT), representando a chapa da Frente Popular de Pernambuco.
A parlamentar petista, inclusive, já confirmou presença no ato deste dia 7 de setembro, assim como tem participado todos os anos. Teresa Leitão, que já foi aliada de Marília Arraes quando a postulante ainda era do Partido dos Trabalhadores, tem endurecido o tom agora que estão em palanques opostos.
Durante ato realizado em São Lourenço da Mata, nessa segunda-feira (5), ela falou sobre os candidatos que tentar usar o nome o prestígio do ex-presidente Lula, no que seria uma tentativa de confundir o povo pernambucano para se eleger.
A petista destacou que a aliança firmada entre o PT e o PSB nesta eleição, com o apoio de Lula, nasceu para enfrentar Jair Bolsonaro e combater os retrocessos do atual governo federal. Neste caso, segundo Teresa, quem não integra em Pernambuco o projeto que tem o aval do maior líder brasileiro, não pode afirmar que é candidato de Lula.
"Todo mundo sabe que o maior adversário é Bolsonaro. O indicativo de aliança construído no PT foi estar no palanque da Frente Popular apoiando Danilo. Quem está fazendo diferente é porque está traindo o Lula”, disparou Teresa, arrancando aplausos do público. “Pode se pintar de vermelho da cabeça aos pés, mas não é Lula, não é o PT. É fake”, completou a petista, se referindo a candidaturas adversárias que buscam enganar o eleitorado
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Houve um leve decréscimo na intenção de voto de Marília Arraes (Solidariedade), que agora tem 32,9%. É um número muito próximo ao apresentado pelo Ipec, a primeira pesquisa a pesquisa a captar a intenção de voto após o início do guia eleitoral.
Raquel Lyra (PSDB) segue sendo a favorita a ocupar uma vaga para um eventual segundo turno com a deputada federal. A ex-prefeita de Caruaru tem 11,7% de intenção de voto, seguida de perto pelo seu ex-aliado, Anderson Ferreira (PL), que tem 10,9%.
Outro com voto consolidado e com chances de chegar a um eventual segundo turno é Miguel Coelho (UB). O ex-prefeito de Petrolina ainda não fez sentir seus 2min e 13 segundos de tempo de TV, o maior entre as candidaturas de oposição, e fica com 8,8%.
Candidato governista, Danilo Cabral (PSB) virou sua curva, que agora está num movimento ascendente. Foi de 5,5% para 6,9%. Enquanto isso, João Arnaldo (PSOL) fica com 1,9% e Jones Manoel (PCB) com 1%. Brancos e nulos apresentaram uma leve queda e são 13,4%.
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