Alguns nomes tradicionais da política pernambucana saem derrotados das urnas neste dois de outubro e ficarão sem mandato eletivo a partir de 2023. Isso acontece num momento de avanço de candidatos evangélicos e ultraconservadores, tanto para a Câmara dos Deputados quanto para a Assembleia Legislativa de Pernambuco.
Uma das ausências mais chamativas é a da família Queiroz, tradicional clã político de Caruaru. Líderes do PDT em Pernambuco, Wolney Queiroz não conseguiu reconduzir seu mandato na Câmara e seu pai, José Queiroz, ficou de fora da Alepe.
Wolney recebeu 63 mil votos, quantidade expressiva, considerando-se que nomes com menos votos garantiram eleição. Pesou contra o deputado deputado a baixa performance do seu partido nesta eleição, que contou com um enfraquecido Ciro Gomes concorrendo à Presidência, além do fim das coligações proporcionais.
Para a Câmara, o PDT somou 140 mil votos, 58 mil a menos que o coeficiente eleitoral. Zé Queiroz obteve 33.923 votos, quase 10 mil a mais que Nino de Enoque (PL), eleito com menos votos para a Alepe. Também pesou contra o cacique o coeficiente eleitoral de 101 mil votos para a Alepe, que contrasta com os 73 mil obtidos pelo PDT para o cargo.
Raul Henry, do MDB, também não conseguiu um novo mandato na Câmara dos Deputados. O partido conseguiu atingir o coeficiente eleitoral com 259 mil votos na legenda, mas o deputado foi menos votado que Iza Arruda, sua correligionária, que ficou com a vaga.
Daniel Coelho (Cidadania), também fica sem mandato na Câmara dos Deputados. Como o Jornal do Commercio mostrou, a candidatura de Guilherme Coelho (PSDB) ao Senado, diante da recusa de Armando Monteiro, enfraqueceu a chapa de deputados federais da federação PSDB-Cidadania.
Apesar dos mais de 110 mil votos, Daniel Coelho ficou de fora porque sua federação não atingiu o coeficiente eleitoral necessário para uma vaga no legislativo nacional.
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