Após o presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, afirmar em entrevista à Rádio Jornal que o partido apoiará a candidata do Solidariedade ao Governo de Pernambuco, Marília Arraes, lideranças locais do partido lançaram uma nota conjunta desautorizando o dirigente partidário e reafirmando apoio à Raquel Lyra (PSDB).
"O apoio à candidatura de Marília Arraes anunciado pelo presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, é individual, não representa a posição majoritária do União Brasil em Pernambuco e não obedeceu ao que prega o estatuto do partido que exige aprovação de maioria de 60% do diretório", afirma o texto, assinado por Miguel Coelho, que disputou o Governo de Pernambuco este ano; pelo deputado federal Fernando Filho, pelo deputado federal eleito Mendonça Filho, além de deputados estaduais e prefeitos de várias regiões.
Na entrevista da manhã desta sexta-feira (7), Bivar declarou que a decisão do apoio a Marília foi tomada após reunião da direção nacional do União Brasil com os diretórios estaduais, na última quinta (6). Segundo a nota dos correligionários de Bivar, esse encontro sequer existiu.
"A reunião do diretório estadual citada por Bivar não ocorreu. Sequer houve convocação para debate partidário sobre o assunto. Portanto, a referida reunião é fantasma, não tem validade, nem representatividade", dispara do grupo.
O comunicado registra, ainda, que "a posição majoritária do União Brasil em Pernambuco é de apoio à candidatura de Raquel Lyra" e uma aliança com Marília Arraes seria um "atraso", visto que, segundo o texto, ela é " linha auxiliar do PSB e representa o legado desastroso de Paulo Câmara".
"O povo de Pernambuco já tirou o PSB do poder, no primeiro turno. Um momento histórico que mostra o desejo de mudança. Neste segundo turno, caminhamos juntos com o desejo de mudança da maioria dos pernambucanos. Raquel Lyra representa essa mudança. É uma mulher séria, qualificada e boa gestora", completa.
Por fim, o grupo repudia a "atitude autoritária de Luciano Bivar", pois na visão dele o deputado federal tentou "transformar em coletiva uma decisão individual, que atende aos seus interesses pessoais".
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