Eleições 2022

Marília Arraes diz que Raquel Lyra está "aliada com toda a tropa de Bolsonaro"

Para a candidata Marília Arraes, o presidente Jair Bolsonaro "não quer saber do desenvolvimento de Pernambuco"

Mirella Araújo
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Mirella Araújo
Publicado em 17/10/2022 às 17:53 | Atualizado em 17/10/2022 às 18:11
BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM
Marília Arraes (Solidariedade) disputa o governo de Pernambuco no segundo turno das Eleições 2022 - FOTO: BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM
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A candidata a governadora de Pernambuco, a deputada federal Marília Arraes (Solidariedade), voltou a criticar o posicionamento de neutralidade sobre a disputa presidencial, adotado por sua adversária, a candidata Raquel Lyra (PSDB).

De acordo com a postulante, que é apoiada pelo ex-presidente Lula (PT) neste segundo turno, não seria possível falar sobre governar Pernambuco, sem falar sobre o presidente que virá a ser eleito para governar o Brasil em 2023.

Em sua fala, Marília Arraes também reforça que Raquel Lyra está “aliada com toda a tropa de Bolsonaro”. “Ela diz que falo muito do presidente Lula, que falo muito de presidente da República. Como é que vamos falar em governar Pernambuco, sem falar do presidente que a gente defende, do projeto de país que a gente defende?”, perguntou a candidata.

Em seguida, a deputada federal teceu críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmando que ele não quer saber do Nordeste.

Bolsonaro não quer saber do desenvolvimento de Pernambuco. Bolsonaro não quer saber de diminuir a desigualdade entre ricos e pobres, e acabar com o preconceito com negros, LGBT, com mulher”, disse Marília Arraes, durante sabatina na TV Tribuna, nesta segunda-feira (17).

“Pernambuco está dentro do Brasil e sofre as consequências de um governo ruim no Brasil. Eu não fico falando simplesmente porque sou aliada do presidente Lula, mas porque me preocupo com meu país”, completou.

Visita de Lula

Marília Arraes comentou sobre a visita do ex-presidente Lula (PT) ao Recife, realizada na última sexta-feira (17). Ela, que participou da entrevista coletiva junto com o petista, e da caminhada até a Praça do Carmo, também acompanhada pelo prefeito do Recife, João Campos (PSB), disse que ficou bastante emocionada.

“Todos estão com muita esperança de que podemos ter uma sociedade melhor, de que o estado pode crescer novamente e isso foi muito marcante para mim”, disse.

“Estamos vivendo um momento de polarização no Brasil com dois candidatos que confrontam ideias. Um que defende a democracia, o fim da miséria, e que as pessoas tenham direito a comer três refeições por dia, e outro que não se preocupa com isso”, completou.

A candidata não deixou de mencionar que Lula conseguiu unir no mesmo palanque apoiadores divergentes, a exemplo dela e do PSB. “Ele na verdade está unindo uma frente que está a favor da democracia e que defendem um projeto de país diferente do que está acontecendo hoje. Enquanto a candidatura da minha adversária está reunindo os mais apoiadores oficiais de Bolsonaro, apesar de não expor seu posicionamento político”, disparou Marília Arraes.

Ainda que os socialistas estejam em seu palanque, Marília Arraes afirmou que hoje o Estado é administrado por um "gerente" e não um "líder capaz de agregar e unir", referindo-se ao governador Paulo Câmara (PSB) - que inclusive não esteve presente no ato realizado por Lula na capital

Cargos no Governo

Ao ser questionada sobre como tem sido a adesão de partidos políticos, prefeitos, vereadores, entidades da sociedade civil à sua campanha, e como tem administrado esses apoios visando a composição de um eventual governo, caso eleita, Marília Arraes afirmou que essa é uma questão que não tem sido tratada.

“Desde que nós começamos as conversas para a composição da chapa, já no primeiro turno, nós nunca conversamos sobre essa questão da divisão de espaços. Isso é algo para se pensar para depois das eleições”, disse.

De acordo com Marília Arraes, a lógica que move o segundo turno é diferente, ainda mais por se tratar de uma disputa atípica no Estado.

“No primeiro nós já observamos que a eleição não obedeceu uma lógica tradicional de número de prefeitos, lideranças. Claro que é muito importante o número de lideranças que acreditam no nosso projeto, estarem vestindo a camisa do nosso projeto, mas as candidatas que foram para o segundo turno não eram as que tinham o maior número de prefeituras, de lideranças políticas apoiando”, explicou a postulante.

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