Sem citar o nome do petista, Ciro Gomes anunciou que acompanhará a decisão do PDT sobre o segundo turno da eleição para a Presidência da República. O partido, comandado por Carlos Lupi, declarou apoio a Lula (PT) contra Bolsonaro (PL) na disputa pelo executivo nacional.
O anúncio ocorreu após a reunião da executiva nacional do PDT nesta terça-feira, 4 de outubro. O pronunciamento de Ciro Gomes foi recheada de críticas e reclamações sobre o panorama político resultante da votação do último domingo. Ele afirmou que recusa cargos no futuro governo.
"Acompanho a decisão do meu partido. Frente às circunstâncias, é a última saída. Lamento que a trilha democrática tenha se afunilado a tal ponto que reste para os brasileiros duas opções, ao meu ver, insatisfatórias", disse Ciro Gomes.
Ciro Gomes foi o quarto colocado na disputa pela Presidência da República. O ex-governador do Ceará obteve 3,04% dos votos válidos. Ele ficou atrás mesmo de Simone Tebet (MDB), uma das últimas a entrar na disputa, que ficou com 4,16% dos votos.
A campanha de Ciro Gomes, ex-ministro e ex-aliado de Lula, foi marcada pelo tom antipetista. Ao tentar se colocar como uma "terceira via", ele concentrou críticas ao ex-presidente, enquanto também tentava bater em Bolsonaro.
"Não acredito que a democracia esteva em risco no embate eleitoral, mas no absoluto fracasso em construir um ambiente de oportunidades que enfrente a mais massiva crise social e econômica, que humilha a esmagadora maioria do nosso povo", disse Ciro Gomes no vídeo.
O ex-candidato ainda que não aceitará cargos para ficar livre para lutar por transformações e garantiu que fiscalizará, acompanhará e denunciará qualquer desvio ou irregularidade do governo que assumir em janeiro de 2023.