Boatos com ataques a adversários políticos sempre existiram. Mas, com a eleição presidencial de 2018 ganharam muito mais força e até passaram a ter uma nova denominação: fake news, ou "notícias falsas". Os boatos de ontem são as fake news de hoje, mas tudo no final de contas é a velha mentira, amplificada e disseminada pelas redes sociais.
Nesta primeira semana de campanha do segundo turno das eleições, duas fake news se espalharam pelas redes sociais, cada uma atacando os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Em comum, as fake news tentam associar os candidatos à práticas religiosas satanistas ou a instituições rejeitadas por evangélicos.
Vídeo de Bolsonaro na maçonaria
Um vídeo do presidente Bolsonaro fazendo uma palestra em uma loja maçônica, começou a circular pelas redes sociais nesta terça-feira (4). Na gravação, que seria de 2017, Bolsonaro aparece falando entre os maçons de política e pautas de costumes.
A maçonaria é uma espécie de fraternidade bastante antiga e, apesar de aceitar membros de qualquer religião, é rejeitada por boa parte dos evangélicos. Até o fechamento desta matéria, a campanha de Bolsonaro não havia se manifestado sobre as mensagens que tentam associar o presidente a maçonaria. Ele se declara católico.
Entenda o que é maçonaria e como funciona
Fake news associa Lula ao satanismo
No campo opositor, bolsonaristas compartilham mensagens que fazem uma associação de Lula a um suposto “pacto com o diabo”. Tanto no caso Bolsonaro quanto no de Lula, existe a intenção de aumentar a rejeição dos candidatos junto ao eleitorado religioso.
A campanha de Lula está utilizando as redes sociais para desmentir as fake news, e produziu um artigo e materiais gráficos para afirmar que "Lula não tem pacto nem jamais conversou com o Diabo" e ainda que "Lula acredita em Deus e é Cristão".