Durante entrevista ao podcast Inteligência Limitada, na noite desta quinta-feira (20), o presidente Jair Bolsonaro fez elogios ao seu ministério, montado de "maneira técnica", segundo ele, e não perdeu a oportunidade de tecer elogios a Tarcísio de Freitas, seu ex-ministro de infraestrutura e atual candidato ao governo de São Paulo.
Tarcísio, que disputa o segundo turno com Haddad (PT) é carioca e foi escolhido por Bolsonaro para ser o candidato dele em São Paulo. "Tarcísio é um cara super preparado, fez academia militar, como eu, e conhece São Paulo melhor do que muitos paulistas", afirmou, rechaçando a principal crítica que é feita ao candidato do Republicanos que é o fato de ele não morar em São Paulo.
Elogios aos ministros que se elegeram para o Congresso Nacional
Bolsonaro elogiou diretamente alguns nomes de seu ministério que deixaram o governo para concorrer a cadeiras no Congresso Nacional. "O Salles eu não conhecia, mas gostei dele [Ricardo Salles, ex-ministro do Meio Ambiente que deixou o governo depois do início de investigações da Policia Federal sobre contrabando de madeira da Amazônia].
Bolsonaro citou que antes dele "o Ibama multava demais, com o Salles mudamos isso. O Ibama multa apenas quando tem de multar". [Ricardo Salles foi eleito deputado federal por São Paulo pelo PL, partido do presidente].
Outro ex-integrante do governo que mereceu elogios de Bolsonaro foi a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina [eleita senadora pelo Mato Grosso do Sul]. Apesar de ser deputada federal quando foi indicada pela Frente Parlamentar Agropecuária para o ministério, Bolsonaro disse que a escolha do nome e Tereza "não foi indicação política. Ela fez um excelente trabalho no ministério", destacou.
Bolsonaro afirmou como uma das realizações da pasta no seu governo, o fim de um decreto que proibia o cultivo de cana de açúcar na Amazônia. "O sujeito tinha um propriedade rural e tinha que preservar 80% e só podia explorar 20%. Mudamos isso aí".
Aceno ao funcionalismo público
Ainda durante a entrevista o presidente citou que não foi possível realizar concursos públicos em seu mando por conta das dificuldades do orçamento com as despesas da pandemia e pelo fato da máquina "estar inchada". "Realizamos apenas os concursos essenciais, para as polícias federal e rodoviária federal". Ele também falou sobre aumento real dos salários. Veja abaixo: