Em campanha pela reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) realizou neste sábado, 22, uma live nas redes sociais com o jogador Neymar, da Seleção Brasileira e do Paris Saint-Germain. Durante a transmissão ao vivo, o atacante afirmou que decidiu apoiar o chefe do Executivo porque ambos têm os mesmo "valores". Neymar disse que Bolsonaro é a "escolha correta" e citou o lema "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos".
A live, a oito dias do segundo turno, deve durar 22 horas e contar com a participação de diversos aliados do candidato à reeleição. A duração é uma referência ao número de Bolsonaro na urna. Na conversa com Neymar, que participou por chamada de vídeo, o presidente fez um apelo para que o jogador convença eleitores jovens a votar nele e disse que a população exige "respeito à Constituição e à liberdade". A frase é usada pelo chefe do Executivo, normalmente, para fazer críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas a Corte não foi mencionada.
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"Eu fico muito feliz de ver, ultimamente, bandeiras espalhadas pelo Brasil, não só pelo que está em jogo, e sim pelo orgulho de ser brasileiro", disse Neymar. "O que me motivou a expor a minha opinião, são os valores que o presidente carrega que são bem parecidos comigo, com a minha família, com tudo que a gente preza", emendou o jogador da Seleção, que também convocou outros atletas a se posicionarem na eleição.
TSE
Durante a transmissão, Bolsonaro criticou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a Jovem Pan. O chefe do Executivo, que fala em "censura", disse esperar que "brevemente" se volte à normalidade. Mais cedo, Bolsonaro já havia falado sobre a Jovem Pan. "No meu governo a imprensa terá liberdade. Imprensa tem que ter liberdade. Imprensa calada é a pior coisa que pode acontecer", disse o presidente, em Guarulhos (SP). Ele foi interrompido por várias vezes pelo público aos gritos de "Jovem Pan, Jovem Pan, Jovem Pan".
O chefe do Executivo disse que a imprensa tem que ter liberdade até quando erra. "A primeira a sofrer censura foi a Jovem Pan. Depois serão outros veículos de comunicação", disse Bolsonaro.
Em três decisões, o TSE determinou que o grupo Jovem Pan conceda direito de resposta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em razão de declarações de comentaristas da emissora consideradas distorcidas ou ofensivas ao petista. A Corte também abriu uma investigação eleitoral a pedido do PT para que seja apurado se a emissora tem tratado Lula com falta de isonomia em relação a Bolsonaro.
Paulo Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, participou da live de Bolsonaro e prometeu aumento acima da inflação do salário mínimo, das aposentadorias e dos rendimentos do funcionalismo público.
A promessa foi feita após uma proposta da equipe econômica de desindexar despesas do governo ter gerado polêmica e desgaste interno na campanha do candidato à reeleição. Aliados de Bolsonaro passaram a culpar Guedes pelo imbróglio.
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"Trabalhador, aposentado, pensionista, confie no presidente Bolsonaro. Se durante a pandemia, durante a guerra nós demos os aumentos de salários, aposentadorias e pensões, é claro que agora que vencemos a pandemia vamos poder dar aumentos acima da inflação. Durante a guerra, nós demos aumentos pela inflação", disse o ministro da Economia.
"Funcionalismo público fez um sacrifício enorme, eles ficaram dois anos sem reajustes, exatamente se sacrificando durante a pandemia. O que acontece agora: vão ter também aumentos acima da inflação. Então, trabalhadores vão ter o aumento do salário mínimo acima da inflação, aposentadorias e benefícios, aumento agora, pela primeira vez, acima da inflação", emendou o ministro.
Durante a live, o chefe da equipe econômica acusou a oposição de mentir e "roubar a tranquilidade e a esperança" da população. "Realmente, é uma vergonha mentirem, roubarem a tranquilidade do povo brasileiro, roubarem a esperança do povo brasileiro dizendo que nós vamos tirar dinheiro de salário, que vamos tirar do salário mínimo, que vamos tirar aposentadoria. Estão roubando a esperança do povo brasileiro, já roubaram outras coisas antes, bastante", declarou.