O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi intimado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) neste domingo (30) para explicar com urgência as razões pelas quais a instituição está realizado operações no dia da eleição,
Por decisão do TSE, operações desse tipo estão suspensas no dia da eleição pela possibilidade de dificultar locomoção dos eleitores.
Silvinei Vasques também terá de parar imediatamente todas as operações que envolvam obstrução de eleitores, sob pena de multa horária de R$ 100 mil, imediato afastamento das funções e prisão em flagrante por desobediência e crime eleitoral.
DIRETOR DA PRF: Quem é Silvinei Vasques, diretor da PRF alvo de intimação do TSE
Silvinei Vasques dirige a corporação desde abril de 2021. Ele chegou até o cargo por indicação de Flávio Bolsonaro, filho do presidente, de acordo com reportagem da revista Piauí.
Ele nasceu no interior do Paraná mas criado em Santa Catarina, Vasques, e tem 47 anos. Em 1997, com apenas dois anos de carreira na PRF, Vasques e outros quinze policiais rodoviários foram acusados de pedir propina para permitir que uma empresa de guincho atuasse nas rodovias federais da região de Joinville, em Santa Catarina.
Em 2000, Vasques espancou o frentista de um posto de combustível no interior de Goiás com socos no abdome e nas costas, depois que o funcionário se recusou a lavar um dos cinco veículos da PRF no posto.
A ação criminal por lesão corporal e abuso de autoridade acabou prescrita. A vítima ganhou o direito a uma indenização de 71 mil reais do governo federal e, desde 2017, a Advocacia-Geral da União cobra de Vasques o ressarcimento do valor.
Em 2019, ele pediu para assumir o comando da PRF no Rio de Janeiro, aproximando-se do bolsonarista.
Por causa do seu passado na corporação, a nomeação de diretor-geral teve resistência da Casa Civil, responsável por analisar o currículo de servidores em cargos de direção. A nomeaçã só foi efetivada em abril daquele ano.
DIRETOR-GERAL DA PRF postou pedido de voto em Bolsonaro
Silvinei Vasques pediu votos para o presidente da República e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais.
Em um post feito no story de sua conta pessoal no Instagram, na noite deste sábado, o policial escreveu "vote 22, Bolsonaro presidente".
O pedido estava acompanhado de uma foto da bandeira do Brasil, mas foi apagado no início da tarde deste domingo.