O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), permanece sem se pronunciar sobre a derrota nas urnas para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), neste segundo turno. De acordo com a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República, não há previsão que ele fale publicamente nesta segunda-feira (31).
Desde que o resultado da eleição no segundo turno apontou a vitória de Lula com 50,90% dos votos contra 49,10%, - tornando o candidato do PL o primeiro presidente a perder uma reeleição desde que ela foi instituída, em 1997 - Bolsonaro tem mantido o silêncio.
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Dos seus filhos, apenas o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), que também fez parte da coordenação da campanha de reeleição, fez um breve comentário no Twitter assumindo a derrota.
"Obrigado a cada um que nos ajudou a resgatar o patriotismo, que orou, rezou, foi para as ruas, deu seu suor pelo país que está dando certo e deu a Bolsonaro a maior votação de sua vida! Vamos erguer a cabeça e não vamos desistir do nosso Brasil! Deus no comando!", escreveu o parlamentar.
Havia uma expectativa de que ele pudesse fazer um discurso radicalizado, questionando o sistema eleitoral, como vinha fazendo durante a campanha eleitoral. No entanto, segundo fontes ouvidas pelo Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o presidente teria dito aos seus ministros que não pretende contestar o resultado, mas que poderá fazer críticas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na conversa, inclusive, não foi descartada a possibilidade dele mudar de ideia e resolver fazer um comunicado ainda hoje.
Bolsonaro encontra-se no no Palácio da Alvorada, onde já se reuniu com os ministros mais próximos, como Ciro Nogueira (Casa Civil), Fábio Faria (Comunicações), Paulo Guedes (Economia) e Carlos França (Relações Exteriores), além da presidente da Caixa, Daniella Marques.
Na noite de ontem, Bolsonaro se recusou a receber aliados e se isolou no Palácio da Alvorada após a derrota. De acordo com fontes, ao menos três ministros e dois deputados que foram à residência oficial não conseguiram ser recebidos pelo chefe do Executivo. Um deles foi o titular da pasta de Minas e Energia, Adolfo Sachsida.