ECONOMIA

Além de Haddad, Lula avalia outros nomes para economia; veja quem são os cotados

O Ministério da Economia deverá ser desmembrado em três pastas no novo governo: Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio

Mirella Araújo
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Mirella Araújo
Publicado em 30/11/2022 às 8:08 | Atualizado em 01/12/2022 às 16:58
Caio Guatelli / AFP
Lula não abre mão de um ministro de sua plena confiança e comprometido com o combate à pobreza - FOTO: Caio Guatelli / AFP
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*Do Estadão Conteúdo
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o PT trabalham, nos bastidores, com outros arranjos para o trio de ministérios da área econômica que será formado a partir de 2023. A escolha de Lula por Fernando Haddad, para almoço com banqueiros e para integrar a equipe de economia da transição faz agentes do mercado financeiro darem como certo o anúncio do nome do ex-prefeito de São Paulo para a Fazenda.
No entanto, aliados próximos ao presidente eleito indicam que há chance de Haddad assumir, na verdade, a pasta do Planejamento. A transição deve apresentar hoje relatório que confirma a intenção de dividir, novamente, o Ministério da Economia unificado durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Serão recriados os ministérios da Fazenda, do Planejamento e da Indústria e Comércio.
A reação ruim do mercado financeiro à fala de Haddad no evento organizado pela Febraban na semana passada não tirou o petista do páreo. Pelo contrário, criou entre interlocutores de Lula a sensação de que qualquer sinal contrário ao fortalecimento de Haddad na área mostraria um recuo do presidente eleito à Faria Lima. Lula não abre mão de um ministro de sua plena confiança e comprometido com o combate à pobreza.

NOMES COTADOS

Integrantes do mercado financeiro consultados pelo Estadão dizem preferir Haddad no Planejamento e um economista liberal, como Persio Arida, na Fazenda. O sinal de Arida de que não pretende assumir um ministério, no entanto, mexeu no tabuleiro.
Nesse cenário, os nomes dos petistas Rui Costa e Alexandre Padilha voltaram a circular entre economistas como opções de nomes do PT mais palatáveis ao mercado.
Padilha tem bom trânsito com atores econômicos, mas o entorno de Lula aponta que ele pode ser escalado para assumir uma pasta que lidere as articulações políticas. Há quem defenda a Lula, inclusive, que seria mais urgente indicar o ministro responsável pela articulação do que o da Fazenda.
O governador da Bahia, Rui Costa, deixará o cargo em dezembro e sua presença em Brasília no ano que vem é dada como certa. Ele é um dos nomes cotados para a Casa Civil.
Circulam ainda como possíveis integrantes da formação econômica o economista André Lara Resende, o presidente do conselho de administração do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes. Trabuco esteve com Lula no início do mês, na festa de aniversário do vice eleito Geraldo Alckmin (PSB).
Josué é cotado para assumir o novo Ministério da Indústria, mas também tem nome citado para a Fazenda. Ele é filho de José Alencar, que foi vice de Lula nos dois primeiros mandatos do petista.
Para assumir o Ministério da Indústria outro nome que tem sido apontado é o de Jackson Schneider, executivo da Embraer. No entanto, por nota, Schneider afirmou que não foi sondado nem pretende, "por conta de razões pessoais, compor o ministério do novo governo". "Agradeço a lembrança de meu nome, mas minha contribuição se dará no âmbito da etapa de transição.”

 

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