*Com informações do Estadão Conteúdo
O Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) denunciou quatro homens pelo ataque a apoiadores do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em evento durante a pré-campanha em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Um drone foi usado para jogar agrotóxico nos participantes que aguardavam o comício.
Os promotores afirmam que o ataque foi "previamente arquitetado" e que o produto químico pulverizado é tóxico. "Consta que a substância que atingiu as pessoas possuía cheiro forte e fétido, e causou em diversas vítimas coceira imediata e persistente, além de vômito e náusea", escreveram.
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Outro ponto citado da denúncia é que, mesmo após as pessoas tentarem correr, o operador do drone "efetivamente perseguiu e direcionou o equipamento sobre elas".
A denúncia atribui cinco crimes e infrações penais: Expor a v- ida ou a saúde de terceiros a perigo direto e iminente; Associação criminosa; Corrupção de menores, porque houve a participação de um adolescente; Operar drone em área não permitida; Transportar, aplicar e/ou dar destinação a resíduos e embalagens vazias de agrotóxicos, seus componentes e afins, em descumprimento às exigências estabelecidas na legislação.
Os denunciados são Rodrigo Luiz Parreira, apontado como líder do ataque; Charles Wender Oliveira Souza, citado como operador do drone; Daniel Rodrigues de Oliveira e Agmar José Ferreira, que também teriam participado do episódio, segundo o MP.
"Os denunciados além do perigo gerado pela exposição das pessoas a substância nelas despejada, ainda se valeram da aeronave para constituir outro perigo para as pessoas na superfície, em detrimento das normas que regem a utilização de aeronaves não tripuladas, notadamente do Código Brasileiro de Aeronáutica", diz outro trecho da denúncia.
O Ministério Público pede que eles sejam condenados e obrigados a pagar indenização por danos materiais e morais.