Com a fuga de Jair Bolsonaro para os EUA na sexta-feira (30/12), coube ao presidente em exercício do Brasil, Hamilton Mourão, fazer o tradicional pronunciamento de fim de ano. Em seu discurso, críticas veladas ao silêncio e à saída do País do então presidente Bolsonaro e uma ampla defesa das Forças Armadas.
No discurso, que foi ao ar por volta das 20h deste sábado (31/12), último dia do governo Bolsonaro, Mourão criticou lideranças que, ao silenciar, provocaram um clima de desagregação no País, levando para as Forças Armadas a conta por inação ou por um pretenso golpe.
O discurso durou menos de dez minutos e não teve nomes citados, mas ficou evidente que as referências eram para Bolsonaro, a quem, indiretamente, chamou de irresponsável.
CRÍTICAS VELADAS A JAIR BOLSONARO
"Lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um projeto de País deixaram que o silêncio ou o protagonismo inoportuno e deletério criasse um clima de caos e de desagregação social”, afirmou.
MOURÃO PRONUNCIAMENTO: vice-presidente critica BOLSONARO: "irresponsável"
E seguiu: “E de forma irresponsável deixasse que as Forças Armadas de todos os brasileiros pagassem a conta. Para alguns, por inação, e para outros por fomentar um pretenso golpe ", afirmou Mourão.
Mourão afirmou também que a "alternância de poder em uma democracia é saudável e deve ser preservada". "Tranquilizemo-nos! Retornemos à normalidade da vida, aos nossos afazeres e ao concerto de nossos lares", finalizou.
Senador eleito, Mourão está presidente em exercício porque Bolsonaro viajou para a Flórida. A viagem teve como objetivo não entregar a faixa presidencial para o presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que assumirá a Presidência neste domingo (1º/01/2023).