CHUVAS

CHUVA EM PERNAMBUCO: Raquel Lyra visita local onde jovem morreu em Olinda e promete ação conjunta com prefeituras

A Operação Inverno 2023 inclui ações de prevenção, resposta e recuperação, o diagnóstico de 696 setores de risco no estado (170 hidrológicos e 526 geológicos) e a articulação com o Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID), do Governo Federal

Mirella Araújo
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Mirella Araújo
Publicado em 06/02/2023 às 16:59 | Atualizado em 06/02/2023 às 19:42
 Janaína Pepeu / Secom
"A gente está começando agora um trabalho para permitir que essas pessoas possam estar em um lugar seguro", disse Raquel Lyra - FOTO: Janaína Pepeu / Secom

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), acompanhada da vice-governadora Priscila Krause (Cidadania), e uma equipe do Executivo, esteve no bairro de Águas Compridas, em Olinda, no local onde um jovem, de 19 anos, morreu soterrado após o deslizamento de uma barreira, provocada pelas fortes chuvas registradas desde a madrugada desta segunda-feira (6).

A chefe do Executivo estadual prestou solidariedade a dona de casa Judite Soares dos Santos, de 51 anos, mãe do motoboy Israel Campelo dos Santos, atingido em casa enquanto dormia. Outros cinco parentes, incluindo uma criança, também estavam na residência no momento do deslizamento e foram socorridos com vida. 

Raquel Lyra disse que não há "solução fácil para problema difícil", mas destacou que na semana passada, a vice-governadora Priscila Krause coordenou a primeira reunião do Grupo de Trabalho sobre a Defesa Civil com prefeitos e representantes dos municípios do Recife e da Região Metropolitana, para tratar de ações de curto e médio prazo sobre os danos causados pelas fortes chuvas

"É claro que investir nos morros na Região Metropolita do Recife exige muitos recursos, se tem pessoas que estão em áreas de extremo risco. A gente está começando agora um trabalho para permitir que essas pessoas possam estar em um lugar seguro. Infelizmente, hoje houve perdas e o que a gente quer é que nenhuma família mais passe por isso. O trabalho é duro e estamos aqui para prestar solidariedade a família de Dona Judite, que infelizmente perdeu um filho", disse a governadora, em entrevista a imprensa.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) afirmou que esta foi a terceira maior chuva em Pernambuco no mês de fevereiro desde o início da série histórica, em 1961

Círio Gomes/JC Imagem
Deslizamento de barreira em Águas Compridas, Olinda - Círio Gomes/JC Imagem

De acordo com Raquel Lyra, o governo estadual está buscando agir de maneira coordenada junto com as prefeituras.

"Nós remontamos a Secretaria de Recursos Hídricos; fortalecemos a Apac; criamos uma secretaria executiva de Defesa Civil junto a Secretaria de Defesa Social, para poder fortalecer o sistema e garantir que a gente seja mais eficientes na aplicação dos recursos públicos, apoiando e também coordenando os municípios. Não é fácil para eles, mas cada um precisa fazer a sua parte", disse a governadora. 


Em seguida, a gestora coordenou uma reunião de monitoramento no Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR). Na ocasião, cada um dos gestores das pastas e órgão atualizaram o cenário climático e detalharam as ações em campo para prevenir ocorrências e amenizar os danos.

O CICCR conta com 358 câmeras de videomonitoramento, que auxiliam no acompanhamento, em tempo real, dos pontos de alagamento, trânsito em corredores de grande fluxo e áreas de risco.

Estiveram presentes na reunião os secretários da Casa Militar, coronel Hercílio Mamede; de Defesa Social, Carla Patrícia Cunha; e de Recursos Hídricos, Almir Cirilo. Ainda participaram o secretário-executivo de Defesa Civil, coronel Clóvis Ramalho; a presidente da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), Suzana Montenegro; e o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Luciano da Fonseca.

A governadora também visitou a Sala de Situação, na Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), que monitora a situação meteorológica do Estado e os níveis de rios e barragens.

No ano passado, 128 pessoas morreram após deslizamentos de barreiras no Grande Recife. O planejamento do Governo de Pernambuco na Operação Inverno 2023 inclui ações de prevenção, resposta e recuperação, o diagnóstico de 696 setores de risco no estado (170 hidrológicos e 526 geológicos) e a articulação com o Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID), do Governo Federal.

AÇÕES PRIORITÁRIAS

Além das visitas técnicas, o Governo de Pernambuco havia anunciado também uma agenda de prioridades para o inverno deste ano, como a orientação para levantamento das áreas de risco no Grande Recife.

“O Governo de Pernambuco, de forma inédita, dá prioridade a um tema muito importante na sociedade que é a Defesa Civil integrada. É importante para os municípios saberem de seu papel nas ações de prevenção, de preparação, de mitigação e também de resposta e reconstrução, que a gente espera que não ocorra. Com essas ações, sem dúvida, é a população que vai ganhar”, avaliou o chefe da Coordenadoria de Defesa Civil do Estado de Pernambuco (Codecipe), coronel Ramalho, durante reunião realizada na última quinta-feira (2).

 
 
 Janaína Pepeu / Secom
Raquel Lyra visita área de deslizamento em Olinda e afirma que o Estado está trabalhando para apoiar municípios na Defesa Civil - Janaína Pepeu / Secom

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