Quatro representações de autoria do PSOL foram protocoladas na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (2) solicitando a cassação de quatro parlamentares suspeitos de incentivar os ataques às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. A deputada pernambucana Clarissa Tércio (PP) é uma das citadas pelo PSOL nas representações.
Além da progressista, são mencionados nos documentos Sílvia Waiãpi (PL-AP), Abílio Brunini (PL-MT) e André Fernandes (PL-CE). Se acordo com o PSOL, os deputados federais quebraram o decoro parlamentar ao insuflar os atos golpistas do início deste ano.
A sigla diz, ainda, que os parlamentares minimizaram os ataques e compartilharam informações falsas "com propósito flagrantemente golpista". O Conselho de Ética da Câmara, responsável pela análise das solicitações, ainda não retornou às atividades após a abertura da legislatura em vigor, que ocorreu na última quarta (1º).
O OUTRO LADO
Ao G1, a assessoria de Clarissa Tércio disse que ela não comentaria o caso por ainda não ter sido notificada sobre a representação.
A equipe do deputado André Fernandes, por sua vez, disse que ele não falaria sobre o assunto. Brunini também alegou não ter sido notificado.
"No dia da manifestação gravei vídeos contra a invasão e atos que não condizem com a postura de um conservador", declarou, ao portal de notícias.
A assessoria da deputada Silvia Waiãpi não se manifestou até a última atualização desta reportagem.
Tércio, Waiãpi e Fernandes já são alvos de inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) pela mesma razão. O pedido de abertura do inquérito foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR).