O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se reuniu, na tarde desta sexta-feira (16), com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O encontro, que ocorreu no Palácio da Alvorada, não constava na agenda oficial de nenhum dos dois, e durou pouco mais de uma hora.
Lira deixou a residência oficial da Presidência da Câmara dos Deputados cerca de 14h20. Discreto, ele chegou ao Palácio da Alvorada em apenas um carro - normalmente, o deputado anda em dois carros - e não entrou pela via principal de acesso. As informações são do Estadão Conteúdo.
Nas redes sociais, o presidente da Câmara fez um breve comentário sobre o que teria sido tratado durante a reunião. "À convite do presidente Lula, estive no Palácio da Alvorada para discutirmos as pautas para o crescimento do país, especialmente a reforma tributária e a do Carf", explicou o parlamentar.
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Ainda segundo Lira, o presidente Lula externou que deverá reduzir o envio de medidas provisórias (MPs), o que atenderia "um anseio do Congresso Nacional".
"Não se falou de mudanças no Ministério do presidente Lula. Tratamos do bom momento da economia brasileira, a intenção de trabalharmos juntos pelo país, e as recentes aprovações de matérias pela Câmara dos Deputados com esse objetivo", finalizou Lira.
A reunião foi a segunda entre Lula e Lira nos últimos 11 dias. No último dia 5, Lira se reuniu com Lula para tomar um café da manhã também na residência oficial da presidência da República.
O segundo encontro ocorreu em meio aos esforços do governo federal para melhorar a relação com o Congresso e no momento em que se especula nos bastidores uma eventual entrega do Ministério da Saúde, sob o comando de Nísia Trindade, ao Centrão. A pasta é cobiçada pelo partido de Lira.
Apesar dos acenos do chefe do Executivo de que haverá a substituição de Daniela Carneiro (União-RJ) por Celso Sabino (União-PA) no Ministério do Turismo para melhorar a relação do governo na Câmara, especialmente com o União Brasil, deputados avaliam que a troca envolve uma pasta "pequena" e não resolve o problema do Executivo.