Por meio de nota, a Caixa Econômica Federal confirmou que não irá mais taxar o PIX para Pessoa Jurídica.
O recuo foi antecipado pelo Broadcast, sistema de notícias do Grupo Estado, e aconteceu logo após determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na nota, a Caixa esclarece que a cobrança era autorizada desde novembro de 2020, conforme Resolução 30/2020 do Banco Central e que outros bancos também aplicavam outras tarifas para realizar a operação.
"A medida visa ampliar o prazo para que os clientes possam se adequar e receber amplo esclarecimento do banco sobre o assunto, dada a proliferação de conteúdos inverídicos que geraram especulação", diz a nota.
COBRANÇA JÁ ESTAVA DEFINIDA DESDE 2022
Segundo a instituição, a decisão de cobrar pelo Pix estava definida desde o ano passado, mas não havia sido executada "devido à necessidade de adequação dos sistemas internos".
"A CAIXA reforça que não realiza cobrança de tarifa Pix de seus clientes Pessoa Física, de Microempreendedores Individuais (MEI) e de beneficiários de programas sociais, em conformidade com a determinação do Banco Central, e reafirma a suspensão da cobrança para Pessoa Jurídica", conclui a instituição.
Na última segunda-feira (19), a Caixa informou que a cobrança do Pix de clientes pessoa jurídica privada começaria a partir do dia 19 de julho. O anúncio, porém, gerou insatisfação nos bastidores do Palácio do Planalto.
ORDEM DE LULA SUSPENDEU A COBRANÇA DO PIX
Mais cedo, o Broadcast apurou que Lula teria ordenado a suspensão da cobrança, uma vez que a presidente da Caixa, Rita Serrano, não consultou a Casa Civil antes de anunciar a decisão.
Em reunião ministerial na última semana, Lula ordenou que qualquer mudança de rumo ou novas medidas precisam passar pelo crivo do Palácio do Planalto, a exemplo da Secretaria de Comunicação Social (Secom), sob chefia de Paulo Pimenta.
A secretaria, contudo, também não havia sido comunicada da decisão.
Com informações do Estadão Conteúdo.