Valdemar diz que objetivo do PL é reeleger Bolsonaro e não crê em inelegibilidade do 'capitão'

As declarações do dirigente foram feitas após a o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciar o julgamento que pode cassar os direitos políticos do ex-presidente por oito anos - a sessão será retomada na terça-feira, 27
Estadão Conteúdo
Publicado em 23/06/2023 às 10:49
Valdemar afirmou que, para o partido ganhar a eleição presidencial de 2026, é preciso fortalecer a legenda Foto: José Cruz/Agência Brasil


O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou, em um vídeo publicado nas redes sociais, que o objetivo do partido é "reeleger" Jair Bolsonaro (PL) e que não acredita que o ex-presidente "fique inelegível pelo que ele falou".

As declarações do dirigente foram feitas após a o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciar o julgamento que pode cassar os direitos políticos do ex-presidente por oito anos - a sessão será retomada na terça-feira, 27.

"Não vamos admitir injustiças contra o nosso capitão. Não acredito que um presidente da República fique inelegível pelo que ele falou. Isso não existe em nenhum lugar do mundo. Bolsonaro vai seguir firme e tenho convicção que será o nosso candidato", disse Valdemar na quinta-feira, 22.

O próprio ex-presidente, no entanto, ao avaliar a possibilidade de condenação pela Corte disse que "os indicativos não são bons" e que é "quase unanimidade" que ele vai perder a ação.

No vídeo, Valdemar afirmou que, para o partido ganhar a eleição presidencial de 2026, é preciso fortalecer a legenda. Segundo ele, o objetivo da bancada é "reeleger" Bolsonaro.

"Nós elegemos 99 deputados federais e, por mais que cada um seja único na sua história, todos nós temos um objetivo em comum, que é reeleger Bolsonaro e fazer valer os valores da direita, pois são esses os objetivos que nos unem. E para que a gente possa ganhar as eleições em 2026, nós precisamos internamente fortalecer o partido", disse.

A ação a qual Bolsonaro é alvo foi movida pelo PDT e tem como base uma reunião convocada pelo então presidente com embaixadores, em julho do ano passado.

Na ocasião, o presidente, sem apresentar provas, colocou em dúvida a lisura sistema eleitoral e atacou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do TSE.

O ex-presidente é acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, e, se for condenado, ficará impedido de participar das eleições de 2024, 2026 e 2028, podendo voltar em 2030 - a pena acabaria quatro dias antes da disputa.

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