INVESTIGAÇÃO

Presidente do PL afirma lealdade a Bolsonaro, dias após operação da Polícia Federal sobre joias

Operação Lucas 12:2, deflagrada pela PF, indicou que aliados do ex-presidente teriam vendido joias e outros objetos de valor recebidos em viagens oficiais da Presidência

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Filipe Farias

Publicado em 15/08/2023 às 18:59
Valdemar Costa Neto, presidente do PL, e Jair Bolsonaro, ex-presidente da República
Valdemar Costa Neto, presidente do PL, e Jair Bolsonaro, ex-presidente da República - Reprodução das redes sociais

Da Estadão Conteúdo

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, publicou um vídeo de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta segunda-feira, 14. Pelas redes sociais, afirmou que o ex-chefe do Executivo foi "o maior líder" da história do Brasil e que o PL sempre estará ao lado dele. A publicação ocorre dias após a Polícia Federal (PF) realizar operação sobre um esquema investigado para venda ilegal de joias e enriquecimento ilícito na antiga cúpula da Presidência.

"Sempre estaremos do seu lado, muita gente não compreende que Bolsonaro é um líder que veio para ficar", disse Valdemar, sem mencionar o caso das joias.

"O eleitor do Bolsonaro é um eleitor esclarecido. O Bolsonaro fez uma economia muito grande no País, e não quis gastar dinheiro com a imprensa também, e isso tudo custa caro. Bolsonaro, conte com o seu partido, conte com os nossos eleitores da direita que estão se aproximando cada vez do nosso partido", afirmou o presidente do PL.

No vídeo, Valdemar Costa Neto também pediu a Bolsonaro para continuar sendo uma pessoa "honesta, competente e trabalhadora"

Na última sexta-feira, 11, a Operação Lucas 12:2, deflagrada pela PF, indicou que aliados do ex-presidente teriam vendido joias e outros objetos de valor recebidos em viagens oficiais da Presidência. Essas peças deveriam ser incorporados ao acervo da União, mas foram omitidas dos órgãos públicos, incorporadas ao estoque pessoal do ex-chefe do Executivo e negociadas para fins de enriquecimento ilícito.

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De acordo com a PF, os montantes obtidos das vendas foram convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal do ex-presidente, por meio de laranjas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, a localização e a propriedade dos valores.

Em mensagens trocadas em janeiro deste ano entre Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e Marcelo Câmara, assessor especial da Presidência, um áudio revelou aos investigadores da PF que Cid estaria com 25 mil dólares que, possivelmente, pertenciam a Bolsonaro.

Valdemar quer usar capital político de Bolsonaro em 2024

O dia em que foi deflagrada a operação que deixa o maior cabo eleitoral do PL no centro das investigações da PF foi também o aniversário de Valdemar, que completou 74 anos. Valdemar espera utilizar o capital político de Bolsonaro nas eleições municipais de 2024, para reeleger aliados em capitais e ampliar o número de metrópoles comandadas pelo partido.

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