Conflito

Randolfe Rodrigues afirma que Congresso está "fracassando nos temas mais importantes da vida do brasileiro"

De acordo com o parlamentar, isso tem gerado conflitos entre o congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF)

Cadastrado por

Tainá Alves

Publicado em 02/10/2023 às 16:45 | Atualizado em 02/10/2023 às 17:34
Randolfe Rodrigues, é senador pelo Amapá, mas é natural de Garanhuns, em Pernambuco - BOBBY FABISAK/JC IMAGEM

O senador do estado do Amapá Randolfe Rodrigues, líder do governo no Congresso Nacional, em entrevista à Rádio Jornal, na manhã desta segunda-feira (20), falou sobre os debates no Congresso Nacional e filiação a um novo partido. Com alguns temas causando conflitos entre o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF), segundo o parlamentar surgem por conta de lacunas do legislativo em relação à atenção para temas importantes à sociedade.

"A análise sobre temas sensíveis como o aborto, por exemplo, não me parece que há na sociedade brasileira uma disposição de além ou a quem do que está previsto na legislação.  Me parece que alguns temas que estão sendo suscitados no Congresso sobre tudo por conta da oposição política ao nosso governo. Me parece que há uma tentativa uma busca de fuga de debater os temas concretos do Brasil", explicou. 

De acordo com o senador, a prioridade do governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o enfrentamento de assuntos sólidos da vida dos brasileiros, como a economia. 

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"O mercado dizia que a nossa economia não ia crescer mais de 1%. Olha só estamos chegando a dezembro e a expectativa do próprio mercado já vai para 2.8%. Acredito que vamos crescer mais de 3%. A inflação está sob controle, o desemprego nos últimos dados do IBGE caiu. Estamos iniciando um ciclo de queda sustentável dos juros, nós fizemos uma transição de um Brasil que até agosto do ano passado estava na fila do osso e agora voltou a comer picanha. O valor da carne caiu mais de 60% no último período", disse durante a entrevista. 

Rodrigues acredita que o parlamento é oposição ao governo, pois não debate "coisas de interesse da população em geral", como o valor do feijão e do arroz, e a quantidade de empregos gerados. 

"Estão fracassando nos temas mais importantes da vida do brasileiro. Tenta girar a pauta do país para a agenda de costumes. Eu acho que nós temos muitos outros temas para é tratar com prioridade no país, como a educação na escola pública brasileira. O nosso sistema único de saúde (SUS) funcionando corretamente e voltarmos a ter um sistema de imunização e enfim voltar a fazer o país crescer, gerar emprego e botar comida na mesa do Brasil", destacou o senador. 

REELEIÇÃO

Na última semana o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), informou que o Congresso vai discutir se vale a pena manter ou não a reeleição. Se aprovada a medida que passaria a valer após as eleições de 2026. A reeleição entrou em vigor em 1998 com o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso

Para o líder do governo no congresso, o certo seria fazer uma reforma no sistema eleitoral deste a instituição da reeleição. O modelo foi inspirados nos Estados Unidos da América (EUA) e para o parlamentar traz algumas imperfeições. 

"Se há um consenso na doutrina política é um consenso na experiência prática que quatro anos é pouco por exercício de um mandato, tem que se buscar uma mediação para o cumprimento de um mandato e que para regra possa ser ajustada, mas tem que ser dentro de um contexto de uma ampla reforma política, não pode ser somente a reeleição isoladamente", destacou Rodrigues.  

Randolfe explicou que não é a favor de reformas eleitorais de momento, para ele não pode ser um assunto debatido rapidamente. 

"Eu acho que nós temos que ter um tempo maior de debate, para isso, e uma proposta de reforma política estruturada. Temos que discutir as formas de participação política da democracia". 

Partido 

Durante a entrevista, Randolfe Rodrigues revelou ainda estar sem definição de partido político, já que desde março deste ano, que foi quando ele saiu do Rede Sustentabilidade. De acordo com ele, o motivo não ter se filiado a outro partido até o momento é estar analisando qual grupo melhor se encaixará para seguir sua trajetória. 

Então é uma escolha que nós devemos ter a depuração e o cuidado necessário antes de fazê-la. Eu me desliguei do meu partido anterior da, mas ainda estou naquela fase depois de uma separação. Eu resolvi ficar um tempo sem pressa para escolha partidária e eu estou em um processo de diálogo. Encontrar um partido político não está entre as prioridades do momento", afirmou.  

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