ATO DE BOLSONARO

Bolsonaro cancela agenda na Paraíba de olho em organização de ato na Paulista

O anúncio foi feito nas redes sociais e ocorre em meio às investigações da PF sobre a possível participação do ex-chefe do Executivo na articulação de um golpe de Estado

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Estadão Conteúdo

Publicado em 14/02/2024 às 13:05
Jair Bolsonaro desmarca agenda na Paraíba, para focar na organização dos atos em São Paulo - Tânia Rêgo/Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desmarcou nesta segunda-feira, 14, uma viagem que realizaria para a Paraíba, onde cumpriria agenda nesta semana. O anúncio foi formalizado em nota do Partido Liberal assinada por Marcelo Queiroga, ex-ministro da Saúde de Bolsonaro. O motivo do cancelamento, segundo o comunicado, é a organização do ato de apoio ao ex-presidente na Avenida Paulista, convocado para o dia 25 de fevereiro.

"Por causa da logística que envolve um evento dessa magnitude na capital paulista, o presidente decidiu transferir a sua vinda à capital paraibana, marcada para a próxima sexta-feira", diz trecho da nota. Jair Bolsonaro convocou seus apoiadores para um ato na Avenida Paulista a ser realizado na semana que vem.

O anúncio foi feito nas redes sociais e ocorre em meio às investigações da Polícia Federal (PF) sobre a possível participação do ex-chefe do Executivo na articulação de um golpe de Estado. A Operação Tempus Veritatis cumpriu mais de 30 mandados de busca e apreensão na semana passada e impôs que Bolsonaro entregasse às autoridades seu passaporte.

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Bolsonaro iria a João Pessoa para selar seu apoio a Queiroga, ex-chefe da pasta de Saúde que pretende disputar o comando da capital paraibana nas eleições deste ano. A nota reitera que a mudança na agenda foi feita "em comum acordo" entre ambos.

Bolsonaro pediu ato 'pacífico'

Ao conclamar seus apoiadores para a manifestação, Bolsonaro afirmou que o ato será "pacífico" e pediu que fossem evitadas levar faixas "contra quem quer que seja". Em abril de 2020, Bolsonaro convocou manifestações de apoio por todo o País e a presença de cartazes e faixas com motes golpistas motivou a abertura por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) do chamado inquérito dos atos antidemocráticos. A investigação foi arquivada em julho de 2021, mas o material originou o inquérito das milícias digitais, que perdura até hoje.

 

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