Diante dos conflitos internos do União Brasil e a realização da Convenção Partidária, o deputado federal e atual presidente nacional da legenda, Luciano Bivar, afirmou em entrevista ao Blog Cenário e Rádio Cultura FM, durante um evento no Aeroporto Oscar Laranjeiras, em Caruaru, nesta sexta-feira (1), que a "convenção não existe".
Na manhã de ontem (29), o parlamentar cancelou a eleição para escolha da nova direção nacional do partido, porém o atual vice-presidente, o advogado Antônio Rueda, apresentou um recurso solicitando a realização da eleição.
Rueda e ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, foram eleitos para presidente e vice, respectivamente, com 30 votos a favor e nenhum contra.
Mesmo sem participar da votação Bivar avaliou o pleito como inexistente.
“Foi uma convenção que tá evada de vícios. Vamos aguardar se essa convenção vai valer, se vai surgir algum ato, mas para nós, não tem nenhum efeito, nem administrativo, nem legal. Então, é uma convenção, para nós, que não existe”, afirmou o atual presidente da sigla.
ACORDO ENTRE BIVAR E RUEDA
Existia um acordo entre Bivar e Rueda para que o vice-presidente assumisse o cargo de presidente da legenda. O combinado era que Antônio Rueda assumiria a presidência e ACM Neto a vice-presidência.
Porém no início desta semana foi divulgado que Luciano Bivar estava se reunindo com políticos para tentar a permanência à frente da sigla.
O deputado federal ocupa o cargo de presidente do partido até 31 de maio.
De acordo com os bastidores, dentro do partido, o nome de Rueda era considerado o ideal, pois ele tem ajudado em articulações na busca de cargos para o União Brasil em Brasília.
MOTIVO DO CANCELAMENTO SOLICITADO POR BIVAR
Segundo Bivar, a decisão do cancelamento foi tomada, pois se a eleição do partido ocorrendo nesta data não estaria de acordo com estatuado.
A norma que estava em vigor foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no ano de 2020, quando foi fundada a sigla. A alteração no estatuto que antecipava a Convenção, efetivamente só foi julgada no último dia 27 de fevereiro, e com isso colocaria em risco a legalidade, validade e eficácia das deliberações tomadas na ocasião.
Bivar havia convocado a Executiva Nacional para uma reunião no dia 27 de março 2024 para decidir a nova data da Convenção.