O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), viaja a Brasília nesta quarta-feira, 13, para acompanhar o "pontapé inicial" da consulta pública do Túnel Santos-Guarujá, projeto que inicialmente gerou desgaste entre governo federal e o Executivo paulista, já que ambos queriam ter o carimbo na obra, mas que agora será tocada pela parceria entre os dois governos.
A solenidade, prevista para as 15h, terá a presença do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), porém, tem compromissos em Minas Gerais nesta quarta e estará no evento.
"Nós estaremos juntos lá em Brasília para anunciar essa obra tão importante", disse Silvio Costa na noite da segunda-feira, 11, durante participação no CNN Talks. O ministro fez questão de dividir os "louros" da ação, falando que a obra foi possibilitada pela "construção política" realizada tanto pelo governo federal quanto pela gestão de Tarcísio.
A OBRA
A construção do túnel prevê investimentos de R$ 5,96 bilhões, com aportes públicos de R$ 2,7 bilhões dos governos estadual e federal, além da participação da iniciativa privada, por meio de Parceria Público-Privada (PPP). A inauguração está prevista para 2028.
De acordo com o governador, "se tudo transcorrer bem", o leilão para o início das obras deve ocorrer no fim deste ano, em novembro. "Se não no final desse ano, faz um ano que vem", completou.
Republicanos
O ministro Silvio Costa, representante do Republicanos, mesmo partido de Tarcísio, na pasta dos Portos e Aeroportos, tem realizado uma série de agendas com o governador paulista. Questionado se durante essas agendas ele tem conversado com o dirigente estadual sobre sua situação na legenda - já que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem pressionado o governador para que ele embarque no PL, segundo Marcos Pereira, presidente do Republicanos - Silvio disse que essa é uma questão de "foro íntimo" de Tarcísio.
"Tenho uma relação muito boa com Tarcísio, tenho respeito pela sua história, pela sua biografia, e naturalmente essa questão partidária é uma questão de foro íntimo, por mais que a decisão seja solidária, no fundo no fundo é uma questão solitária" disse. "Vamos aguardar essa decisão do governador porque essa pergunta só quem pode responder de fato é ele", completou.