O senador Marcos do Val (Podemos-ES) afirmou em suas redes sociais ter provas de que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, manipulou as eleições de 2022 para beneficiar o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, nenhum documento foi apresentado pelo parlamentar para embasar as acusações. Procurado por meio da assessoria do Supremo, Moraes não se manifestou até o momento.
As acusações de do Val são postadas há dois dias na rede social X, antigo Twitter. Entre as publicações, o parlamentar cita exigências de Moraes contra a rede social de Elon Musk. "Exigiram ilegalmente que o Twitter revelasse detalhes pessoais sobre usuários do Twitter que usaram hashtags que ele não gostou Exigiram acesso aos dados internos do Twitter, em violação da política do Twitter. Procuraram censurar, unilateralmente, postagens no Twitter de membros efetivos do Congresso Brasileiro Procuraram transformar as políticas de moderação de conteúdo do Twitter em uma arma contra os apoiadores do então presidente Jair Bolsonaro", afirmou o senador Marcos do Val, em um trecho da publicação.
Ele ainda cita ter um dossiê contra Moraes "tratando apenas de uma das violações na exigência de retirada do ar de redes sociais de influenciadores". "Moraes colocou pessoas na prisão sem julgamento por coisas que postaram nas redes sociais. Ele exigiu a remoção de usuários das plataformas de mídia social. E exigiu a censura de postagens específicas, sem dar aos usuários qualquer direito de recurso ou mesmo o direito de ver as provas apresentadas contra eles", disse o parlamentar.
Entre apoio e questionamento, usuários do X chamaram as postagens do parlamentar de confusas. Um usuário disse que ele precisa publicar as provas, "porque o povo já não acredita mais em você".
Marcos do Val prestou depoimento há quase um ano no inquérito tocado pelo STF sobre suposto plano do ex-presidente Bolsonaro em tentar golpe no Brasil depois de perder a eleição presidencial para Lula. O senador afirmou que o ex-deputado Daniel Silveira se reuniu com ele e o então presidente Bolsonaro para "tratar sobre a possível gravação do ministro Moraes com a finalidade de invalidar as eleições" em um encontro de cunho supostamente golpista que também envolveria pessoas "cinco Estrelas".