As pesquisas desta semana mudaram de vez o panorama da corrida pela Prefeitura de São Paulo. Enquanto até o início da campanha se projetava um segundo turno entre Guilherme Boulos (PSOL) e o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) disparou nas intenções de voto e agora figura entre os primeiros.
De acordo com a pesquisa Datafolha divulgada na última quinta-feira, 22, Marçal teve um crescimento de 7% nas intenções de voto, indo de 14% a 21%, forçando um empate técnico triplo pelo primeiro lugar.
Além de Marçal, apenas Guilherme Boulos registrou crescimento na pesquisa Datafolha, mas ainda muito menor que o candidato do PRTB, subindo apenas 1%.
O atual prefeito, Ricardo Nunes, perdeu 4%, saindo de 23% para 19%, perdendo a segunda posição para Marçal. Antes empatado com o ex-coach, José Luiz Datena (PSDB) também teve queda nos números, perdendo 4%, indo de 14% para 10%.
O levantamento do Datafolha desta semana é o primeiro desde o início da campanha eleitoral, na última sexta-feira, 16.
Entenda o crescimento de Marçal na corrida por SP
Com os números da última pesquisa Datafolha, é possível visualizar que o crescimento de Marçal está atrelado diretamente ao declínio nos números de Nunes e Datena.
O atual prefeito de São Paulo conta com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que chegou a discutir publicamente com Marçal nas redes sociais, afastando o apoio do ex-coach.
No entanto, o apoio eleitoral de Bolsonaro não vem se convertendo em intenções de voto para o candidato do MDB à reeleição. Ainda de acordo com a pesquisa Datafolha, entre os eleitores que votaram em Bolsonaro em 2022, 44% afirmaram que pretendem votar em Marçal, enquanto outros 30% preferem Ricardo Nunes.
Os números mostram uma virada em relação ao último levantamento, do mês de julho, que trazia o ex-coach com 29% do eleitorado bolsonarista, enquanto Nunes era preferido por 38%.
A diferença é ainda maior quando observado o eleitorado de Tarcísio de Freitas para governador em 2022. Entre os que escolheram Tarcísio para chefiar o estado de São Paulo, 41% afirmaram que votariam em Marçal, enquanto 28% votariam em Nunes.
Em relação à pesquisa de julho, Marçal possuía apenas 25% do eleitorado, enquanto o prefeito era preferido por 42%.