No dia 11 de novembro de 1947 nascia uma das maiores vozes que o Brasil já ofereceu ao mundo: Alcione Dias Nazareth. Hoje, exatos 70 anos após o nascimento da eterna "Marrom", ela continua cantando maravilhosamente bem e segue proporcionando aos seus fãs um canto profundo. Ela completa sete décadas com 25 quilos a menos e com a autoestima alta, após ser submetida a um cateterismo e a colocação de stent no coração, em 2016.
“Esse negócio de esconder a idade não está com nada. Meus irmãos e sobrinhos que moram no Maranhão já chegaram. Veio uma amiga da Alemanha. Minha casa virou um hotel”, A Diva contou ao Jornal Extra. Ela confirma que, nessa terça, vai abrir as portas da sua casa para um churrasco com família e amigos. Além da carne, ela ainda disse que vai preparar um prato muito especial para uma convidada também especial: o famoso "arroz de cuxá" para Mari Bethânia. “Se ela chegar lá em casa e não tiver esse prato, vai embora na mesma hora”, brinca Alcione, que também disse que providenciou um Guaraná Jesus, refrigerante de origem maranhense.
Alcione demonstra sua satisfação com seu novo peso. “Estou respirando melhor, cantando melhor, mudou tudo”. Por conta do meu joelho, só posso fazer exercício dentro d’água. Estou só esperando o verão chegar para cair na piscina. Vou virar uma sereia”, brinca a rainha do samba.
A Viagem e os Prêmios
Após se mudar para o Rio de Janeiro, em 1967, Alcione foi trabalhar para a TV Excelsior. Depois disso, viajou a América do Sul e acabou por se estabelecer na Europa por dois anos. Quando voltou, em 1972, não demorou muito para conquistar um disco de ouro com o álbum "A Voz do Samba". Dentro desse LP, seu primeiro, havia o sucesso que foi eternizado na voz de Marrom, a canção "Não Deixe o Samba Morrer". Hoje em dia, a diva já conta com dezenove discos de ouro, dois de platina, um, duplo de platina. Ela ainda conseguiu vencer o Premio Tim duas vezes, em 2004 e 2005, na categoria Samba.
Sou mulher capaz de tudo pra te ver feliz"
Alcione, em A Loba
https://youtu.be/WrCuw1U0lq8
Alcione tem um Teatro e um Viaduto com seu Nome
Sim, uma coisa que poucos sabiam sobre a cantora é que a prefeitura de São Luiz homenageou Alcione colocando seu nome no então Teatro Paia Grande e em um viaduto, chamado Elevado Alcione Nazareth.
A Paixão pela Mangueira e a Homenagem da Mocidade Alegre
Pode-se dizer que o amor entre Alcione e a escola de samba foi recíproco. Quando se mudou para o Rio de Janeiro, Alcione começou ater contato com o ritmo e de cara se apaixonou pelos desfiles carnavalescos. Na Mangueira, ela pôde ver os principais nomes do que que o brasil já teve dentro do samba, e claro, conseguiu aprender um pouco.
Após seu sucesso, ela vem sendo convidada para o desfile da sua escola de coração. Dessa forma, pode-se dizer que um influencia o outro, num processo de construção musical único. Ano que vem, ela será o Enredo da Mocidade Alegre, escola de São Paulo. “Tem que ter alegria. E muita música, claro”, brincou Alcione sobre sua participação.
Mas a diva do ébano é você que canta Encanta e não deixa o samba morrer. Eu tô aqui, pra te aplaudir. Do Maranhão pro mundo inteiro. Primeiro você teve que resistir. Na moral, sem sair do tom pele preta, com um sorriso largo e o com um apelido de marrom. Que vira loba quando o assunto é mangueira, muita glória aos quarenta de carreira. Embalando o sentimento feminino com doçura, está nos versos de estranha loucura, que faz treme r e balançar, não tem quem não se emocione. Eu disse a você, Alcione, tua história vale mais do que troféu e pra você eu tiro o meu chapéu"MV Bill, durante dueto com Alcione