Victor Augusto
Publicado em 05/12/2017 às 12:32
Em 1947 nascia o copo americano, um dos utensílios mais comuns tanto nas casas quanto nos bares e restaurantes brasileiros. Criado para ser barato, duradouro e multiuso, o objeto das tradicionais cervejinhas geladas tem origem nacional, ao contrário do que o seu nome sugere. Ele foi desenvolvido por Nadir Figueiredo (1891-1983), que era líder da empresa de utensílios de vidro de mesmo nome, e hoje atingiu um status de "alterna" ou cool.
Ele foi reconhecido pelo Museu de Arte Moderna de Nova York como um ícone atemporal, já que não sofreu alterações nas últimas décadas, e permanece sendo amplamente utilizado por diversas classes sociais em lugares mais diferentes ainda.
Apesar do nome sugerir que sua origem é estrangeira, o copo das cervejinhas durante a happy hour é inteiramente nacional. O nome, na verdade, apenas faz uma alusão ao processo de fabricação do objeto na época em que foi projetado. Nos anos 40, o processo de fabricação era feito por máquinas importadas dos Estados Unidos da América. Elas eram capazes de produzir cerca de 1000 unidades em 8h. Hoje, as máquinas utilizadas nas fábricas são capazes de fabricar 440 por minuto.
Segundo informações da fábrica Nadir Figueiredo, desde que foi idealizado pelo então líder da marca, em 1947, até 2010, a empresa já vendeu mais de 6 milhões de copos americanos.
O sucesso pode ser entendido pelo design, que é leve e conta apenas com linhas retas nas laterais, que dão uma "curvatura" a qual torna mais fácil a pegada com apenas alguns dedos. Isso, por sua vez, contribui para a bebida permanecer gelada por mais tempo. A versão tradicional tem uma capacidade de 190ml, mas nos dias atuais existem versões expandidas para 300ml e 450ml. Além disso, o objeto teve seu design importado para tigelas, xícaras, canecas etc.