Jesse Williams, de Grey's Anatomy, lamenta a morte de Marielle Franco

Anneliese Pires
Publicado em 18/03/2018 às 12:39
Jesse Williams - Foto: Reprodução


O ator Jesse Williams, do seriado americano Grey's Anatomy, mostrou indignação nas suas redes sociais como assassinato brutal da vereadora Marielle Fraco, na última quarta-feira (14). O astro, que veio ao Brasil no final de 2017, fez um post em sua conta no  Instagram destacando a notícia e prestando homenagem à politica. Veja:

"Trecho sobre a vida e o legado revolucionário de MarielleFranco: "Uma das figuras políticas mais promissoras, carismáticas e amadas do Brasil foi brutalmente assassinada na noite de quarta-feira no centro do Rio de Janeiro, no que os funcionários concluíram foi um assassinato político direcionado.

Franco foi morta depois de deixar um evento intitulado "Jovens mulheres negras que estão mudando estruturas de poder". A polícia acredita que ela foi monitorada por seus assassinos desde o momento em que ela saiu do prédio, que é como eles sabiam exatamente onde ela estava sentada no carro montada por janelas tingidas. O que é mais notável, e mais devastador, sobre o assassinato de Franco é quão improvável e única sua trajetória foi para o palco público. Uma mulher negra LGBT + em um país notoriamente dominado por racismo, sexismo e dogma religioso tradicional, ela foi criada em uma das favelas maiores, mais pobres e mais violentas do Rio, o complexo de Maré.

Ela se tornou mãe solteira aos 19 anos de idade, mas graduou-se na faculdade, obteve mestrado em sociologia e tornou-se um dos mais efetivos ativistas dos direitos humanos da cidade, levando muitas vezes campanhas perigosas contra violência policial generalizada, corrupção e assassinatos extrajudiciais que visou os pobres moradores da cidade, com quem cresceu.

Em 2016, ela correu para o cargo público pela primeira vez como candidata para o conselho da cidade do Rio e foi eleita com um voto maciço. Os resultados surpreenderam a classe política da cidade: como candidato pela primeira vez, uma negra de Maré tornou-se o quinto candidato mais votado da cidade (mais de 1.500 candidatos, 51 deles foram eleitos). Esse sucesso solidificou o status de Franco não apenas como uma nova força política a ser contada, mas como um repositório de esperança para os grupos tradicionalmente sem voz e excluídos do Brasil: seus residentes da favela, seus negros e pobres e as mulheres. Ao assumir o cargo, Franco imediatamente usou sua nova plataforma para se concentrar no que se tornou o trabalho de sua vida: investigar, denunciar e organizar a violência policial infligida aos pobres residentes negros da cidade. "Por Glenn Greenwald #MariellePresente"

 

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