Paulo Câmara toma posse para seu segundo mandato como governador de Pernambuco
Em seu discurso, Paulo Câmara lembrou a memória de Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco, e o legado deixado por Miguel Arraes, um dos criadores da Frente Popular de Pernambuco
Numa cerimônia rápida, mas bastante prestigiada, Paulo Câmara foi reconduzido ao cargo de governador de Pernambuco, nesta terça-feira (1), no edifício Miguel Arraes, sede da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), no Centro do Recife.
Cerimônia de posse de Paulo Câmara
O chefe do executivo estadual chegou acompanhado da mulher, Ana Luiza, e das filhas, Clara e Helena. Junto com ele, estava a vice-governadora, Luciana Santos, de mãos dadas com a filha, Luana.
Em seu discurso, começou lembrando a memória de Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco, morto em acidente aéreo em 2014, e o legado deixado por Miguel Arraes, um dos criadores da Frente Popular de Pernambuco.
Também fez questão de agradecer a Raul Henry, que deixou o cargo de vice-governador, pelo "companheirismo, lealdade e capacidade de trabalho".
Discurso de posse de Paulo Câmara
Paulo Câmara prestou contas do seu governo, ressaltando, antes de tudo, o contexto de crise econômica que atingiu o País quando assumiu.
"Pernambuco não parou de avançar, de servir de referência na gestão pública, apesar da crise tremenda que o nosso País enfrentou e ainda enfrenta. Da qual todos aqui têm a consciência dos seus efeitos devastadores, especialmente na questão do emprego", disse.
Relembrando a campanha eleitoral, Paulo Câmara pediu que os palanques sejam desarmados, para abrir, assim, caminho ao diálogo. O Governador também se posicionou contra a privatização da Companhia Hidrelétrica do São Francisco, a Chesf.
"Apoiaremos decisões que beneficiem Pernambuco e o Nordeste, a exemplo das obras complementares da Transposição das águas do Rio São Francisco e da conclusão da Ferrovia Transnordestina.
Mas seremos contra, fundados em sólidos argumentos, iniciativas que comprometam o futuro do Estado e da região, como a privatização da Chesf", disse.
E reafirmou seu discurso de campanha, deixando um recado para o presidente Jair Bolsonaro: "Morrer em um campo de batalha é uma forma de amar do Brasil. Ocupar as ruas em defesa da democracia também é".