CRISE

Vídeo: Datena faz apagão no "Brasil Urgente" para criticar aumento na conta de luz

Apresentador de TV endereçou duras críticas ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e ao Governo Federal

Cadastrado por

Romero Rafael

Publicado em 31/08/2021 às 21:36 | Atualizado em 31/08/2021 às 21:57
Datena, do 'Brasil Urgente' - Reprodução / Band

O "Brasil Urgente" (Band) desta terça-feira (31) ficou uns segundos sem luz. Foi um artifício usado quando o apresentador José Luiz Datena protestava contra o Governo Federal, criticando o aumento na conta de luz, anunciado pelo ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes, e o risco de apagão devido à crise hídrica.

"Daqui a pouco sabe o que vai acontecer? Isso aqui, quer ver? Vai acontecer isso aqui, ó. É isso que você quer, Paulo Guedes? Só no nosso! 50% da bandeira vermelha...", esbravejou Datena ficando no escuro. Logo depois, as luzes do estúdio se acenderam.

Antes, Datena fez mais críticas: "Você está aí como ministro da Economia, Paulo Guedes, para acender a luz, e não para apagar a luz. Você está aí para abaixar o preço do combustível, e não para chegar a R$ 7,20 como chegou em Porto Alegre hoje”.

"Agora, ferra os brasileiros, que não têm nem o que comer, e agora aumento de 50% de energia elétrica. E o gás? Vem atrás daqui a pouco", continuou o apresentador de TV. "É aquela história: vocês estão aí para acender a luz, mas vocês estão apagando a luz. Acende a luz, Paulo Guedes, acende a luz na sua cabeça, na cabeça do presidente da República."

Datena, que era um dos jornalistas atendidos e bem tratados por Bolsonaro, por ser pouco questionador do Governo, após a pandemia se tornou um dos críticos ao Governo Federal na TV aberta. Recentemente, ele descartou compor chapa com o presidente nas próximas eleições, criticou a tentativa de o mandatário fazer com que o País regredisse ao voto impresso, falou em ameaça à democracia e também se colocou como candidato à Presidência da República.

Datena está filiado ao PSL, partido comandado pelo deputado federal pernambucano Luciano Bivar, por onde Bolsonaro - hoje sem partido - se elegeu.

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