Will Smith falou pela primeira vez em detalhes sobre a conflitiva relação que manteve com seus pais em um livro de memórias intitulado Will, que será lançado nos Estados Unidos na próxima terça-feira (9).
Em entrevista a revista People, o ator confessou que pensou em matar o pai, Willard Smith, num ato de desespero para salvar a mãe, Caroline Bright, da violência doméstica que ela sofria.
Will Smith relatou um episódio de violência que ele presenciou quando tinha apenas nove anos. "Quando tinha nove anos, vi o meu pai socar a minha mãe na lateral da cabeça com tanta força que ela desmaiou. Vi-a cuspir sangue. Aquele momento, naquele quarto, provavelmente mais do que qualquer outro momento da minha vida, definiu quem eu sou".
Will Smith prometeu a si mesmo que "quando fosse grande o suficiente" iria "vingar" a mãe tirando a vida do próprio pai: "Uma noite, enquanto eu delicadamente o empurrava do seu quarto em direção ao banheiro, uma escuridão surgiu dentro de mim. O caminho entre os dois quartos passa pelo topo das escadas. Quando era criança, sempre disse a mim mesmo que um dia vingaria a minha mãe. Que quando fosse grande o suficiente, quando fosse forte o suficiente, quando eu não fosse mais um covarde, iria matá-lo".
"Fiz uma pausa no topo das escadas. Eu poderia empurrá-lo para baixo e facilmente sair impune", finalizou o artista. O pai de Will Smith, um veterano do exército dos Estados Unidos, morreu há cinco anos, pouco tempo depois de ter sido diagnosticado com câncer.