Por que os artistas estão boicotando o Spotify? Entenda o porquê Neil Young, Joni Mitchell e outros cantores tiraram suas músicas da plataforma
O cantor Neil Young retirou suas músicas do Spotify por considerar que a empresa tem espalhado informações falsas sobre vacinas
Na última terça-feira (25), o cantor e compositor Neil Young anunciou que pediu para que sua editora removesse toda sua obra da plataforma de streaming musical Spotify. Segundo o cantor, sua música não estaria disponível na plataforma enquanto o podcast “The Joe Rogan Experience”, considerado o maior do mundo, continuasse hospedado no Spotify. Young salientou que o Spotify estava endossando e “espalhando informações falsas sobre vacinas” que são veiculadas em diversos conteúdos, mas citou nominalmente o programa apresentado por Joe Rogan.
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“Vou fazer isso porque o Spotify está espalhando informações falsas sobre vacinas, o que causa potencialmente a morte daqueles que acreditam na desinformação disseminada pelo mesmo. Quero toda a minha música fora da plataforma”, escreveu Neil Young. “Com 11 milhões de ouvintes por episódio, o ‘Joe Rogan Experience’ é o maior podcast do mundo, e tem uma influência tremenda. O Spotify tem a responsabilidade de travar a propagação de desinformação na sua plataforma”, complementou o artista.
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Depois do anúncio de Neil Young, outros artistas se juntaram ao músico, como a cantora e compositora canadense Joni Mitchell, que já removeu grande parte de sua obra da plataforma. Outros criadores de conteúdos, como a escritora Brené Brown, também decidiram parar de hospedar suas criações na plataforma até que esta implemente políticas mais rígidas contra a desinformação.
“Decidi remover todas as minhas músicas do Spotify”, disse a cantora Joni Mitchell. “Pessoas irresponsáveis estão espalhando mentiras que custam a vida dos outros. Sou solidária com Neil Young e com as comunidades científicas e médicas nesta questão”, finalizou em posicionamento.
O guitarrista Lofgren, da banda E Street Band também se juntou aos artistas que removeram suas músicas e ainda incentivou publicamente que outros tomassem a mesma atitude. “Encorajamos os músicos, os artistas e os amantes da música de todo lugar a se juntarem a nós e cortar laços com o Spotify”, disse o artista em seu blog pessoal. “[O boicote] é uma ação poderosa que todos vocês podem tomar agora, para honrar a verdade, a humanidade e os heróis que arriscam suas vidas para salvar as nossas”, complementou.
As consequências do boicote para o Spotify
Logo após o anúncio da remoção das músicas de Neil Young e Joni Mitchel o boicote liderado por Neil Young à plataforma, foi registrado um aumento na procura dos usuários para cancelar suas assinaturas, com a página de suporte ao cliente apresentando lentidão em alguns momentos. Além de usuários migrando para outras plataformas, o Spotify também registrou queda de 6% nas ações da empresa, que já vinha em queda mesmo antes da ação dos artistas. A companhia também perdeu mais de US$ 2 bilhões em valor de mercado após o boicote.
A resposta do Spotify ao boicote
No último domingo (30), o Spotify anunciou que irá adotar medidas para combater a desinformação sobre covid-19 após o boicote de Neil Young e outros artistas. Uma das medidas tomadas pela empresa será a inclusão de links em todos os podcasts que mencionem a doença, direcionando os usuários para informações cientificamente verificadas. O recurso deverá ficar disponível para os usuários nos próximos dias e é semelhante às medidas que sites de redes sociais como Instagram e Facebook utilizam em postagens que mencionam covid-19, vacinas e o coronavírus.
“Estamos trabalhando para adicionar um alerta de conteúdo para qualquer episódio de podcast que inclua discussão sobre a covid-19. Este alerta direcionará os ouvintes para o nosso hub dedicado à covid-19, um recurso que dá acesso fácil a fatos orientados por dados, informação atualizada e compartilhada por cientistas, médicos, acadêmicos e autoridades de saúde pública ao redor do mundo, assim como links para fontes confiáveis", destacou o presidente e fundador da plataforma Daniel Ek, em nota.