PAULINHA ABELHA: médico alerta sobre consumo excessivo de remédios para emagrecer; veja
Médicos de Paulinha Abelha não descartam intoxicação por substâncias ingeridas visando o emagrecimento
Ainda internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Paulinha Abelha encontra-se em coma profundo, segundo informam os médicos responsáveis pelo tratamento da cantora. A equipe de especialistas concedeu entrevista coletiva na terça-feira (22) e revelou mais detalhes sobre o estado de saúde da vocalista do Calcinha Preta e as possibilidades de diagnósticos.
Sem um diagnóstico fechado conclusivo, os médicos trabalham com diversas hipóteses para o tratamento da cantora. Questionados pelos jornalistas sobre uma possível causa dos problemas renais e hepáticos apresentados por Paulinha, os especialistas afirmam que não há como precisar uma relação de causa e efeito entre a ingestão de medicamentos para emagrecimento e as lesões apresentadas.
Segundo os médicos, não existe nenhum exame feito em Paulinha Abelha que comprove lesões pré-existentes nos rins causadas pelos medicamentos. Entretanto, a hipótese não foi totalmente descartada, já que os profissionais se referem ao quadro como “síndrome tóxico-metabólica”. Ou seja, significa que existe uma substância, ainda não identificada, que está circulando no corpo da cantora e desencadeando inflamações e lesões em diversos órgãos.
Os riscos do excesso de remédios para emagrecimento e fórmulas diuréticas
O médico generalista Pedro Marlon explica que o uso inadequado de medicamentos e fórmulas almejando o emagrecimento pode levar a estados de toxicidade dos rins e fígados. Este estado, de forma mais direta, pode levar ao mau funcionamento destes órgãos.
“Os rins e fígados são os responsáveis pela metabolização da maioria dessas substâncias, levando a efeitos nocivos a esses órgãos”, explica. Os profissionais que cuidam da saúde de Paulinha Abelha afirmam que tinham conhecimento de que a cantora fazia uso de fórmulas diuréticas sob orientação de um profissional da saúde, mas o exagero ou interação medicamentosa com outras substâncias pode levar às disfunções.
Para Pedro Marlon, esses remédios diuréticos são prejudiciais à saúde do indivíduo. “Estes medicamentos levam a uma perda maior que o habitual de água do corpo humano, o que resulta em um estado de desidratação, ainda há também a perda de íons importantes para o funcionamento metabólico como o sódio e o potássio”, explica o médico.
A deficiência de potássio, por exemplo, pode prejudicar o funcionamento de tecidos musculares, como o coração e o sistema nervoso. “Pode ocasionar prejuízos no funcionamento do coração e do cérebro, arritmia no coração e até parada cardíaca, nos outros tecidos pode levar a problemas cognitivos, perda de força muscular e câimbras”, diz.
Além disso, os diuréticos podem levar ao aumento dos níveis de ácido úrico no sangue, condição relacionada a diversas doenças, como a litíase renal, condição popularmente conhecida como “pedra nos rins”, e favorecer artrites. Já no sistema gastrointestinal, fórmulas diuréticas podem levar a quadros de mal estar e desconforto estomacal, mas também está relacionado a casos mais preocupantes.
“A gastrite e o aparecimento de úlceras são quadros em que há uma espécie de ferida no tecido dos órgãos do trato gastrointestinal que podem levar a hemorragia, por exemplo”, cita Marlon, como exemplos do que pode acontecer em casos de exagero na ingestão dessas substâncias.