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Angélica revela violência sexual na adolescência: 'você fica sem reação'

Angélica relatou ter sido vítima de violência sexual durante uma sessão de fotos aos 15 anos

Cadastrado por

Lívia Maria

Publicado em 29/03/2022 às 13:07
A apresentadora Angélica foi envolvida em uma polêmica devido a um vibrador - Reprodução

Angélica revelou nesta terça-feira (29) que passou por um episódio de violência sexual durante a adolescência. A apresentadora e cantora contou que foi vítima do abuso durante uma sessão de fotos após o lançamento da música "Vou de Taxi", aos 15 anos.

Em conversa com Luciana Temer, para o canal de youtube Mina Bem Estar, Angélica relatou que, na época, não tinha o entendimento de que a situação pela qual passou era uma violência. 

“Sofri uma violência sexual. Estava fazendo fotos, lançando o Vou de Taxi, tinha quinze ou dezesseis anos. Estava em Paris, ia participar de um festival, lá. Estava na rua. Vieram franceses perguntar quem eu era. ‘Brasileira?’. O fotógrafo falou: ‘Fiquem do lado dela para fotos’. Quando ele falou que somos do Brasil, eles foram ficando perto de mim, se aproximando e se esfregando em mim. Você fica sem reação", relatou Angélica.

A apresentadora deu detalhes do abuso que sofreu e que os estrangeiros conversavam na língua que ela não conhecia enquanto a apalpavam. Angélica disse que não conseguia ter reação e ficou 'petrificada'. 

"Um dos meninos ficou passando a mão na minha bunda, em mim inteira. Eu estava atrás de um taxi, e não fiz nada. Fiquei petrificada. Eles conversando entre si na língua deles, enquanto eu estava sendo violentada por três meninos que estavam passando a mão em mim. Eu não fiz nada. Nunca falei sobre isso. Eu não sabia que isso era uma violência", contou.

Além de ter contado sobre o caso, Angélica também explicou o porquê de não ter falado sobre o assunto antes. "Nunca falei isso, estou falando agora [pela primeira vez]. Depois parei e refleti, mas não falei porque… Já foi. Eles fizeram isso, saíram e eu continuei fazendo as minhas fotos. Com uma cara meio constrangida, mas ninguém percebeu", explicou.

"Esse tipo de violência é marcante. As pessoas estão cada vez mais falando e tendo coragem de revelar. A gente não fala mais só de violência sexual tipo estupro", finalizou a apresentadora.

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