A revista Time divulgou nesta segunda-feira (23) sua tradicional lista que elege as pessoas mais influentes do mundo. No ranking, o veículo norte-americano listou 100 nomes. Entre eles estão dois brasileiros: a líder indígena Sonia Guajajara e o pesquisador Tulio de Oliveira.
Na mesma lista que ranqueia as 100 pessoas mais influentes do mundo, além dos dois brasileiros, aparecem também os presidentes Volodymyr Zelensky (Ucrânia), Vladimir Putin (Rússia), Joe Biden (EUA), e o millennial Gabriel Boric (Chile).
Indígena precisou trabalhar aos 10 anos de idade
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) ressaltou em seu texto de apresentação que a líder indígena Sonia Guajajara precisou sair de casa aos 10 anos de idade para trabalhar. Os pais dela, inclusive, não sabiam ler.
"Apesar disso, ela desafiou as estatísticas e conseguiu se formar na universidade. Desde tenra idade, ela lutou contra forças que tentam exterminar as raízes de sua comunidade há mais de 500 anos", escreve o ativista.
Primeira indígena a ocupar uma chapa presidencial
Sonia Guajajara já tinha se destacado anteriormente. Em 2018, ela também fez história ao ser a primeira mulher indígena em uma chapa presidencial no Brasil.
O trabalho dela junto à COP26 também fomentou a criação de um fundo de US$ 1,7 bilhão aos povos indígenas.
"Sônia resistiu e continua resistindo até hoje: contra o machismo, como mulher e feminista; contra o massacre de povos indígenas, como ativista; e contra o neoliberalismo, como socialista", disse Guilherme Boulos.
"Ela é uma inspiração, não só para mim, mas para milhões de brasileiros que sonham com um país que salda suas dívidas com o passado e finalmente acolhe o futuro", complementou.
Pesquisador é destaque na Time
O pesquisador Tulio de Oliveira é diretor do Centro de Resposta e Inovação Epidemiológica da África do Sul. Assim como Sonia, ele entrou para lista das pessoas mais influentes do mundo.
"Eles identificaram e relataram o surgimento da variante ômicron em novembro passado. Foi um momento de transformação e uma mudança de paradigma - que para mim simbolizava que a excelência na ciência pode ter origem na África", diz o texto da revista, assinado pelo virologista John Nkengasong.
*Com informações do UOL