Em dezembro de 1992, o Brasil ficou em choque com um crime que abalou o país. Foi nesse mês que a atriz Daniella Perez, que integrava o elenco da novela 'De corpo e alma', foi assassinada.
Daniella foi assassinada com 18 facadas no coração, pulmão e pescoço pelo próprio par romântico na trama, o ator Guilherme de Pádua. Ele foi condenado a 18 anos de prisão junto com a mulher, Paula Thomaz, que estava grávida.
Agora, 30 anos após o caso, uma série documental baseada no crime vai ser exibida pelo HBO. Abaixo, veja todos os detalhes sobre a produção.
'Pacto Brutal', série da HBO Max sobre atriz Daniella Perez
'Pacto Brutal: o assassinato de Daniella Perez' deve estrear em 21 de julho, através do streaming HBO Max.
A série será dividida em cinco partes e vai contar com depoimentos de pessoas ligadas ao caso, como Gloria Perez e Raul Gazolla, mãe e ex-esposo de Daniella.
Como foi a morte de Daniella Perez
O ator Guilherme de Pádua começou a assediar Daniella quando os dois ainda gravavam a novela, o primeiro trabalho solo de Gloria na Globo. Ele tinha medo de perder espaço na trama e passou a pedir para que a companheira de cena intervisse a seu favor.
Antes do fim daquele ano, Pádua notou que não tinha participação em dois capítulos finais da novela. Assim, no dia 28, ele deixou a gravação e foi para casa buscar lençol, travesseiro e a mulher, Paula.
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Eles aguardaram a saída de Daniella do set de gravações e, com o carro, a fecharam em um posto de gasolina. A filha de Gloria desceu do veículo para entender o que estava acontecendo e questionar Pádua, que a agrediu em seguida, deixando-a desacordada.
O assassino colocou Daniella no próprio carro, que foi dirigido por Paula, enquanto ele seguia conduzindo o veículo que era da atriz.
O casal foi até a Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, e procurou por um terreno baldio. Ali mesmo, Daniella foi assassinada. Moradores da região estranharam a movimentação e ligaram para a polícia, que chegou quando o casal não estava mais lá.
A polícia descobriu que o ator estava envolvido no assassinato da atriz por causa da placa do carro, que foi anotada por testemunhas. Guilherme de Pádua e Paula Thomaz foram condenados a 18 anos de prisão, mas ambos deixaram o presídio após cumprirem um terço da pena, em 1999.