Klara Castanho, 21 anos, teve liminar contra a youtuber bolsonarista Antonia Fontenelle negada pela Justiça.
A atriz pediu que a Justiça determinasse a retirada das declarações feitas em vídeo sobre ela do canal do YouTube de Fontenelle.
Fontenelle divulgou e criticou o fato de Klara Castanho ter dado uma criança recém-nascida para a adoção. O caso ganhou repercussão nacional.
KLARA CASTANHO FOI VÍTIMA DE ESTUPRO
A atriz veio a público após a divulgação e explicou o que ocorreu. Ela disse que respeitou todos os trâmites legais para a adoção e revelou que foi vítima de estupro.
Apesar de não querer tornar a situação pública, Klara se sentiu obrigação de se explicar após o vídeo de Fontenelle.
Segundo Klara, a informação foi repassada para o jornalista Leo Dias, que repassou para Fontenelle.
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"Não posso silenciar ao ver pessoas conspirando e criando versões sobre uma violência repulsiva e um trauma que sofri. Esse é o relato mais difícil da minha vida. Pensei que levaria essa dor e esse peso somente comigo", afirma a atriz.
O QUE FOI DETERMINADO?
A juíza Flávia Viveiro de Casto, da 2ª Vara Cível da Barra, tomou a decisão, afirmando que "não se justifica o segredo de justiça".
Além disso, entendeu que a determinação para retirar as declarações de Fontenelle seria "um tipo de censura".
"Não se pode censurar um discurso, por mais que com ele não concordemos. Isso, entretanto, não livra aquele que publica e emite opinão ofensiva, ou que espalha um discurso de ódio, produzida a prova e provados os fatos, de ser responsabilizado pelo que divulgou", completa.
A ação prossegue com o pedido de indenização.