Ângelo Castelo Branco foi eleito para ocupar a cadeira número 15 da Academia Pernambucana de Letras, recebendo um total de 30 votos. Anteriormente, essa cadeira pertencia ao médico e escritor Waldenio Porto.
"Recebo a decisão com um imenso sentimento de responsabilidade. Disposto a colaborar com a centenária Academia Pernambucana de Letras em seus reconhecidos e permanentes propósitos de promover os valores culturais e de incentivar o interesse pelas atividades intelectuais em nosso estado", disse o jornalista.
CARREIRA ÂNGELO CASTELO BRANCO
Ângelo Castelo Branco iniciou sua carreira como jornalista na redação do Jornal do Commercio, onde foi designado para cobrir o setor de Educação e Cultura. Nessa função, ele também acompanhava as sessões do Seminário de Tropicologia, coordenado pelo renomado antropólogo Gilberto Freyre. Mais tarde, trabalhou como repórter nas sucursais do Jornal do Brasil e da Folha de S. Paulo.
No Diário de Pernambuco, ele se tornou o titular da coluna Diário Político e, em várias ocasiões, exerceu as funções de secretário de redação e editorialista. Em 1979, foi convidado a assumir o cargo de secretário de Imprensa durante o governo de Marco Maciel. Ele permaneceu nessa função durante as gestões dos governadores José Ramos e Roberto Magalhães até se mudar para Brasília.
Em Brasília, Ângelo Castelo Branco inicialmente trabalhou como assessor na área de comunicação do Ministério da Educação, nas gestões dos ministros Marco Maciel e Jorge Bornhausen, durante a fase da Nova República idealizada por Tancredo Neves. Ele também participou do programa "Os Editores" na TV Educativa do Rio de Janeiro e atuou como comentarista na TV Bandeirantes em São Paulo para as eleições de 1986.
Ele desempenhou o papel de assessor de Imprensa da Federação das Indústrias de Pernambuco na gestão do empresário Armando Monteiro Neto. Além disso, foi editor regional da TV Manchete e apresentador de programas políticos em rádio e TV da Estação SAT.
Durante muitos anos, Ângelo Castelo Branco foi correspondente do jornal paulista Gazeta Mercantil, especializado em economia. Nesse período, ele produziu uma série de matérias sobre artistas pernambucanos no Caderno de Cultura editado pelo saudoso jornalista Garibaldi Otávio.
A convite do desembargador Fausto Freitas, ele trabalhou como assessor de comunicação do Tribunal de Justiça de Pernambuco, inclusive durante as presidências dos desembargadores Antonio Camarotti, Og Fernandes e Jones Figueiredo.
Em 2009, Ângelo Castelo Branco lançou o livro "Provocações da Memória" pela editora Bagaço, marcando o início de sua carreira como escritor. Desde então, ele escreveu várias biografias, incluindo "O Artífice de Entendimento", sobre Marco Maciel.
Seus trabalhos biográficos também abrangem histórias de personalidades como Luiz Lacerda, que dá nome ao estádio do Central de Caruaru, o ex-deputado constitucionalista Gilson Machado, o médico Joaquim Branco, pioneiro em cirurgia bariátrica, o desembargador Antônio Camarotti e o industrial Raymundo da Fonte, estes dois últimos em fase de finalização.
Além de sua carreira como escritor, Ângelo Castelo Branco atuou como assessor de Comunicação do vereador André Régis. Durante sete anos, ele coordenou a plataforma "Raio X das Escolas", um trabalho inovador que se concentrou nas questões da educação fundamental pública no Recife e forneceu detalhes abrangentes por meio de pesquisas contínuas.
Ele também fez parte da equipe liderada pelo escritor e acadêmico José Nivaldo Júnior, fundador do jornal "O Poder". Esse jornal foi pioneiro em utilizar o WhatsApp como plataforma de divulgação, apresentando um design e textos adaptados especificamente para essa mídia.
No mundo digital, Ângelo Castelo Branco tem se dedicado à produção de vídeos em parceria com o diretor de cinema Woody Willen. Esses vídeos exploram episódios e monumentos históricos de Pernambuco e são divulgados no canal "Na Pegada da História" no YouTube.