Guarda-chuva que não é à prova d'água? Gucci e Adidas causam polêmica na China com produto que custa mais de R$ 8 mil
Produto de luxo enfureceu consumidores chineses
Um guarda-sol das marcas Gucci e Adidas está sendo vendido na China por de 11.100 mil yuans, o equivalente a R $8.122,47, na cotação desta quinta-feira (19). A peça de luxo está causando a fúria entre os consumidores locais por não ser à prova d’água, já que o guarda-sol tem o mesmo formato que um guarda-chuva e poderia ser usado para proteger da água.
Na rede social chinesa Weibo, os usuários estão reclamando do produto, que não é feito para ser usado durante a chuva. No site da Gucci, é especificado que o produto “não é à prova d'água e é destinado à proteção solar ou uso decorativo”.
O guarda-sol faz parte de uma coleção colaborativa entre Gucci e Adidas e está sendo promovida online antes do seu lançamento, que deve ocorrer no próximo mês. No Weibo, o assunto já teve mais de 140 milhões de visualizações em uma hashtag que, traduzida, diz “o guarda-chuva de colaboração vendido por 11.100 yuans não é à prova d’água”.
“Enquanto eu for pobre, eles não poderão me enganar para pagar por isso”, disse um usuário. A China é um mercado chave para as marcas de luxo. De acordo com a consultoria Bain & Company, é esperado que o país se torne o maior consumidor de produtos de luxo nos próximos três anos.
Apesar das críticas, algumas pessoas entenderam o propósito do produto. “Aqueles que estão dispostos a pagar usam bens de luxo para mostrar o que valem. Eles não se importam com a praticidade”, explicou um usuário na rede social.
Um porta-voz da Gucci disse à revista chinesa Caijing, que o produto “não era recomendado para uso como guarda-chuva diário”. Em resposta às críticas, ainda acrescentaram que o produto “tem um bom valor para colecionador e é adequado para uso como acessório diário”.