SAÚDE CAPILAR

CABELOS: Shampoos antiqueda funcionam? Cientista explica inovação na área e como os produtos agem no couro cabeludo

Sociedade Brasileira do Cabelo (SBC), afirma que, apenas em um ano, número de pessoas atingidas pela calvície alcançou 42 milhões.

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Lívia Maria

Publicado em 31/05/2022 às 11:00
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Os shampoos comuns têm a finalidade de higienizar o couro cabeludo. Mas, também há aqueles que fazem todo esse processo e cuidam da sua saúde capilar.

São cosméticos clinicamente testados que podem trazer bons resultados, como os que são efetivos para calvície e queda de cabelo, condição que acomete homens e mulheres. De acordo com os dados da Sociedade Brasileira do Cabelo (SBC), apenas em 2018, o número de pessoas atingidas pela calvície alcançou 42 milhões.

Apesar do senso comum, não foram apenas pessoas mais velhas: jovens com idades entre 20 e 25 anos representam 25% dos dados relacionados à queda, geralmente estimulada por problemas emocionais e genéticos.

A cientista especializada na área de Cosmetologia Avançada Jackeline Alecrim explica sobre a eficácia dos shampoos antiqueda e como escolher o ideal para tratar a queda de cabelo.

“Estudos demonstram que ativos veiculados através de shampoos cientificamente desenvolvidos e englobados na classe de cosméticos apresentaram efeitos benéficos e podem sim melhorar fisiologicamente o funcionamento do couro cabeludo. Essa possibilidade representa um avanço importante no tratamento, já que aumenta o leque de opções de coadjuvantes para combater a queda de cabelo”, explica.

Como os shampoos antiqueda funcionam?

Conforme estudos publicados na Alemanha entre 2007 e 2008, a efetividade da penetração folicular de ativos específicos em uma formulação de shampoo massageado no couro cabeludo durante 2 minutos já podia ser percebida. A partir dessas formulações foi evidenciado maior e mais rápida penetração de ativos através dos folículos capilares em comparação com ativos administrados por via
interfolicular.

Tais estudos representam um avanço importante para o controle da alopecia androgenética e de padrão feminino, significando um aumento nas opções de novas alternativas de tratamento (Otberg et al., 2008; Otberg et al., 2007).

Alecrim também explicou sobre os fatores que podem levar os pacientes a não aderirem aos tratamentos convencionais de uso oral: a inconveniência da utilização de medicamentos diários e os efeitos colaterais conhecidos como a diminuição da libido, fadiga, irregularidade menstruais e hipotensão postural, são fatores que diminuem a adesão do paciente ao tratamento com medicamentos orais, levando a baixa adesão da terapia.

“Deste modo, cada vez mais o uso de formulações tópicas se tornam uma alternativa viável, incluindo shampoos carreadores de ativos para o couro cabeludo, loções e tônicos capilares”, ensina.

Estudos de Silva (2019) e de Markova (2004), apontam que essas formulações demonstram resultados positivos para o manejo da calvície, visto que, são capazes de permitir a absorção dos ativos através do couro cabeludo, pela via folicular, atuando de forma eficiente, além de serem práticos e facilmente inseridos na rotina diária dos pacientes.

A pesquisadora também contou mais sobre seu estudo utilizando fitoativos veiculados através de uma formulação específica para o couro cabeludo, com a finalidade de combater a calvície.

“Alguns ativos com características hidrossolúveis, quando devidamente isolados e na concentração correta, apresentam uma alta capacidade de beneficiar a saúde dos folículos pilosos e assim viabilizar o crescimento capilar e até mesmo reverter quadros de calvície, em folículos que não atingiram a fase cicatricial. Me dediquei por quatro anos para encontrar a concentração ideal e forma correta de extração, que deu origem a uma tecnologia patenteada que ganhou repercussão mundial e apresenta excelentes resultados na prática clínica”, explica.

Mas a especialista alerta que apenas produtos específicos e aplicadas no couro cabeludo, área que precisa ser tratada, apresentam a efetividade necessária para o tratamento: a aplicação no comprimento dos fios não alcança efetividade, já que está região não apresenta atividade fisiológica.

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