A aceitação do corpo ainda é uma questão delicada para muitas pessoas e parte disso se deve aos padrões estéticos impostos pela sociedade.
Mesmo com todos os esforços para desconstruir a ideia de corpo ideal, a “ditadura da beleza” é uma realidade e essa busca pode se tornar perigosa, levando a alterações exageradas na aparência, transtornos alimentares, ansiedade e até depressão.
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“A questão não é sobre como você aparenta, mas sobre como você se vê, como se sente em relação a si mesmo. É sobre qualidade de vida e saúde, muito mais do que a forma", pondera Aline Caniçais, fisioterapeuta dermato-funcional.
Apesar da procura cada vez mais frequentes por procedimentos estéticos mais invasivos, a especialista fala que os não-invasivos podem fazer uma diferença na forma como nos relacionamos com o nosso corpo, caso a paciente deseje fazer.
"Alguns cuidados com a aparência já fazem uma grande diferença na hora de levantar a autoestima e nos levam para o caminho de uma beleza muito mais natural e saudável”, comenta.
Pensando nisso, reunimos três filmes que questionam a ditadura da beleza e inspiram a auto aceitação e o amor próprio. Confira:
Dumplin
Em “Dumplin”, a protagonista, interpretada por Danielle MacDonald, está determinada a desafiar os padrões impostos pela sociedade e surpreende sua mãe, uma ex-miss (personagem de Jennifer Aniston), ao se inscrever no concurso de beleza organizado por ela.
“O filme é adepto do movimento Body Positive, que incentiva as mulheres a amarem a si mesmas e a seus corpos, e questiona os padrões estéticos, mostrando que não existem regras para a beleza”, comenta a fisioterapeuta.
O mínimo para viver
Neste drama, uma jovem lida com a anorexia. Sem perspectivas de se livrar da doença, Ellen (personagem de Lily Collins) passa os dias sem esperança. Porém, quando encontra um médico não convencional que a desafia a enfrentar sua condição e abraçar a vida, tudo pode mudar.
“A história é impactante por se tratar de um assunto delicado, que é o transtorno alimentar. A perda de peso é frequentemente associada a questões estéticas e isso leva as pessoas a acreditarem que os transtornos se restringem ao sexo feminino. Apesar de ser mais frequente em mulheres, o filme aborda ambos os lados, falando sobre superação e perspectiva de vida", destaca Aline.
Sexy por Acidente
Em "Sexy por Acidente", a protagonista, interpretada por Amy Schumer, luta contra sua insegurança e os constantes julgamentos em torno da sua aparência. Até que sofre um acidente, bate a cabeça e, ao acordar, passa a se enxergar como sempre achou que precisaria ser para poder ser aceita. Assim, passa a agir como a mulher mais linda do mundo, autoconfiante e capaz de qualquer coisa.
"Esse filme demonstra como a constante exposição das pessoas a modelos em capas de revista, celebridades e influencers acaba definindo o nosso desejo de busca por esse padrão não-natural e imposto. Ele ilustra muito bem a importância de focarmos em nossa percepção sobre nós mesmos, em detrimento de como o resto do mundo nos enxerga", finaliza a especialista.